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quinta-feira, 30 de março de 2017

#BomHumorPorFavor: "Não é preciso ser feia para ser engraçada", diz Sabrina Sato

A Presentadora de um programa dominical de auditório que leva seu nome, na TV Record, Sabrina Sato está no auge da popularidade. E o humor é sua principal arma para angariar fãs. Usa desse expediente desde os tempos de criança em Penápolis, interior paulista, quando fazia graça com o intuito de aparecer mais que a irmã Karina, “perfeita em tudo” e de quem Sabrina temia “viver à sombra”. Na época, já sonhava em ser artista. “Não sabia que seria pelo humor, até que as pessoas foram gostando desse meu jeito Mazzaropi”, diz sobre o famoso comediante morto em 1981. Figurar nas listas de mais sexy e afins nunca foi um objetivo por si só: “Mas não é preciso ser feia para ser engraçada, né?”. No amor, namora o ator Duda Nagle há quase um ano e planeja ser mãe em breve.


MARIE CLAIRE O que tem no seu jeito de ser que conquistou um público tão grande?
Sabrina Sato Acho que faço algo que as pessoas não esperam, surpreendo de alguma forma, e também faço coisas que elas não teriam coragem de fazer. Meu tipo de humor é aquele que os outros ficam constrangidos por mim. Mas não ligo, me divirto. Sou inteligente o suficiente para parecer burra.

MC É preciso ser desprendida de vaidade para isso, não é?
SS Verdade. Não tenho essa vaidade de querer ser a fodona, posar de poderosa. As pessoas riem das coisas que não dão certo e se identificam. O meu inglês, por exemplo, é risível. Entrevistei o Justin Bieber falando daquele jeito precário! Ele não me entendia e vice-versa. A forma como apresento o programa faz muita gente pensar que poderia estar apresentando no meu lugar.

MC Esse seu jeito superautêntico não é uma personagem?
SS Não, sou exatamente assim, infelizmente [risos]. Antes fosse uma criação minha! Por isso admiro quem faz personagem, como a Tatá, apesar de ela ser engraçada naturalmente, ela tem um lance genial porque estuda, constrói personagem. É gênio.

MC A vida de celebridade é sempre divertida?
SS Bom, misturo tudo, vida pessoal e profissional. E me divirto. Sou aquela contratada para fazer presença na festa que vai beber, se divertir e ser a última a ir embora. O Duda [Nagle] me disse: “Não vou para o Carnaval com você porque é job”. Eu falei: “Job? Imagina! Amo Carnaval tanto quanto amo você”. De tal forma que vou embora quando já está claro, vejo as escolas, bebo, sambo. Vou a festas do tipo “para ver e ser visto”, mas consigo me divertir, porque gosto disso tudo.

MC Você parece que nunca fica mau-humorada…
SS Fico, principalmente quando estou com fome, mas nada dura mais que dez minutos. Brigo, me irrito e tal, mas é rápido. Sou amiga de todos os ex-namorados, por exemplo. Nem se levar um par de corno fico brigada. Vou dar risada. Não tenho espaço para mágoa. Quando fazem comentários negativos, não me incomodo. Tipo: “Ah, ela está muito pelada nessa roupa”, nem respondo.

MC Que tipo de gente se incomoda tanto com as roupas que você escolhe?
SS A maioria é homem. “Por que não foi pelada?”, esse tipo de coisa. As mulheres entram para me defender, as feministas me defendem. Sempre me senti muito mais acolhida pelas mulheres. Tenho muitos amigos homens, claro, mas as mulheres me compreendem melhor. Não sei por quê.

MC Do que uma mulher comediante nunca pode esquecer?
SS De ter coragem de ser ela mesma, de ser totalmente livre e não se preocupar com a opinião alheia. A nossa verdade deve ser maior que tudo. O que a gente acredita é mais importante. A mulher precisa ter coragem de não se importar com o que dizem, e está tendo cada vez mais.
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Tatá Werneck, Sabrina Sato, Ingrid Guimarães, Clarice Falcão, Júlia Rabello e Dani Calabresa na Marie Claire de abril  (Foto: Bob Wolfenson / Edição de moda: Larissa Lucchese)

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