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segunda-feira, 27 de março de 2017

PF apura quem faria prova para trio que tentou fraudar concurso em MS

Três foram presos em MS suspeitos de fraudar certame com 32 mil inscritos.
Concurso era para cadastro de reserva do Tribunal Regional do Trabalho.


A Operação Gabarito, que prendeu três pessoas em Mato Grosso do Sul suspeitas de tentar fraudar o concurso do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), apura quem seria a pessoa responsável por fazer as questões da prova e repassar aos candidatos envolvidos no esquema. Os presos, que são de Alagoas, estavam em três locais de provas em Campo Grande e um quarto suspeito foi identificado, mas não compareceu ao local de prova.
O concurso para cadastro de reserva do TRT da 24ª Região (TRT 24) recebeu 32.517 inscrições, segundo dados da Fundação Carlos Chagas, responsável pela organização do certame. A PF informou que não vê indícios para cancelamento do concurso porque acredita que a operação impediu a fraude.
G1 entrou em contato com a Fundação Carlos Chagas e aguarda retorno.
Um dos presos tinha a função de repassar o caderno de questões ao outro integrante que faria a prova e repassaria as respostas, segundo informações do delegado da PF Fernando Rocha. Os outros dois presos estavam com ponto eletrônico e receberiam o gabarito. As investigações apontaram que um dos candidatos pagou R$ 6 mil adiantado pelas respostas e o outro pagaria R$ 50 mil caso fosse aprovado.
"O piloto é a pessoa que entra para pegar a prova e passar para a terceira pessoa, que resolveria e passaria respostas para quem está na sala de aula. A investigação terá continuidade no intuito de identificar a pessoa que resolveria essas questões e que, possivelmente, era o cabeça da organização e ficava com a maior parte do dinheiro", explicou Rocha.
Em depoimento à PF, os presos confessaram participação na fraude e os que estavam com ponto eletrônico disseram que não passaram por revista com detector de metais antes de entrar na sala de prova.
"Os candidatos presos com o ponto demonstraram total desconhecimento do concurso, foram perguntados sobre as matérias que cairiam na prova e não sabiam responder", afirmou o delegado Cléo Mazzotti, que também apura o caso.
Conforme Mazzotti, o uso de detector de metais na revista dos candidatos poderiam indicar a presença de pontos eletrônicos, por isso, a PF vai orientar à Fundação Carlos Chagas a reforçar os procedimentos de segurança para evitar fraude.
Os criminosos disseram ainda que tentaram fraudar outro concurso público recentemente, mas não receberam as respostas porque o equipamento não funcionou. Eles usariam um dispositivo simulacro de cartão de crédito colocado no bolso da roupa para receber sinal repassado no ponto eletrônico.
"Ficou claro que eles tentam reiteradamente essa prática de fraude. Foi detectado que era um pessoal regionalizado, do estado do Alagoas, e que um deles procurava pessoas e oferecia cola eletrônica", afirmou o delegado Rocha.
Além da identificação do responsável por fazer a prova e repassar as respostas, a PF também apura se há envolvimento de mais pessoas no esquema e suspeita que o "piloto" do tenha usado um telefone celular para fotografar a prova e enviar as questões.
Os presos foram indiciados por fraudar a credibilidade de certames de interesse público, que tem pena de 1 a 4 anos de detenção e por formação de quadrilha, de pena de 1 a 3 anos. Eles podem ser soltos sob pagamento de fiança judicial.
Concurso
Segundo dados da Fundação Carlos Chagas, o concurso é para formação de cadastro de reserva e os salários variam de R$ 6.167,99 a R$ 11.822,80. A menor quantidade de inscritos é para a vaga de biblioteconomia e a maior para técnico judiciário - área administrativa -, com 14.460 candidatos.

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