Autuações feitas pela Semav saltaram de 1.797 em 2011 para 3.272 no ano passado
Em um ano, o número de motoristas multados por falar ao celular e dirigir ao mesmo tempo cresceu 82% em Presidente Prudente. Segundo o diretor de Segurança Pública da Secretaria Municipal de Assustos Viários (Semav), César Rodrigues, em 2011 foram registradas 1.797 autuações, já em 2012 o número saltou para 3.272.
A multa para quem falar ao celular é de R$ 85,13, além de o motorista perder quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O uso de viva-voz também está vetado pela lei, já que a proibição é quanto ao uso do aparelho, independentemente da forma de utilização.
De acordo com Rodrigues, a falta de conscientização dos motoristas é considerada a campeã das infrações de trânsito na cidade. “Quando fazemos as campanhas de trânsito, como, por exemplo, de pedestres, colhemos frutos, mas quando se diz respeito aos celulares, falta educação dos condutores”, ressalta.
As campanhas para alertar sobre os perigos de dirigir e falar ao celular são realizadas periodicamente pelo Departamento de Educação no Trânsito, porém, o diretor reforça: “O condutor precisa se reeducar. Hoje tudo é resolvido pelo celular e é instintivo, quando o celular toca a pessoa já quer atender, mesmo estando no volante. Isso precisa ser mudado”, levanta Rodrigues.
O problema em falar ao celular enquanto dirige, segundo a coordenadora de uma especialização em Psicologia do Trânsito, Regina Gioconda de Andrade, é que o aparelho tira a atenção das pessoas, enquanto que na direção de um veículo, elas deveriam estar totalmente focadas no trânsito.
"Em milésimos de segundos uma pessoa pode se envolver em um acidente e acabar envolvendo terceiros também pela falta de atenção. Acontece que o celular se tornou tão pessoal, íntimo e essencial na vida das pessoas, que elas acabam nem percebendo que estão utilizando no trânsito. Elas o carregam no colo, no banco do lado, tudo isso é muito comum para elas. E se o aparelho tocar e estiver longe, no banco traseiro, por exemplo? Imagine o desespero do condutor para ter acesso a esse celular? São atitudes perigosas e as ações realmente deveriam ser diferentes", salienta a psicóloga.

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