Pai serviu de inspiração para jovem se tornar atleta e participar de lutas.
Com dinheiro, atleta conquistou viagens e agora está cheio de sonhos.
A inspiração do estudante Paulo Martins Coene, de 19 anos, sempre veio do pai. Na infância, ao invés de carrinhos, fraldas descartáveis cobriam as suas mãos e assim ele fingia ser um grande boxeador, exatamente igual ao ex-atleta e empresário Paulo Britto, de 43 anos. Hoje, após, alguns anos e rifas, o jovem conseguiu conquistar viagens, medalhas e a participação em competições brasileiras.
"Sempre tive ele como inspiração. Desde os seis anos de idade, meu pai me levava para as suas lutas e, aos oito anos, participei a primeira vez de uma competição. De lá para cá, foram dezenas de campeonatos estaduais, metropolitanos e outros. Atuei como cadete em Vila Velha e Aracaju. Na semana passada, fui para a Bolívia e voltei como campeão, o melhor atleta. Neste locais, a viagem só foi possível porque o meu pai fazia rifas de luvas de boxe e ataduras", comentou ao G1 o jovem.
Já adolescente, Paulo ressaltou que "pegou gosto" pelo esporte e agora está cheio de sonhos. "Quero fazer parte da seleção brasileira, participar de olímpiadas e me profissionalizar em Las Vegas. Parte disso já está acontecendo, já que estou de viagem marcada ao ABC Paulista. Tudo isso graças ao esforço do meu pai, uma galinhada e as oito rifas que ele fez. Muitas vezes, ao conhecer a nossa história, os alunos dele nos ajudavam, sem cobrar nada mesmo", ressaltou Coene.
Extensão da casa
No imóvel em que a família reside, na avenida Ernesto Geisel, a varanda se tornou uma academia e os treinos ocorrem lá, em meio aos 60 alunos.
"Aqui é uma extensão da nossa casa, no qual o meu pai se esforçou cerca de 20 anos para construir. Nós nunca tivemos um patrocinador e me orgulho muito dessa luta dele. Além de pai, treinador, é o meu empresário", brincou.
De acordo com Britto, ter o filho seguindo o seu caminho, assim como os outros meninos de 11 e 6 anos de idade, é muito gratificante. "Todos eles sabem que o esporte tem que ser aliado ao estudo. Agora, com certeza, estou me realizando no meu filho e vendo ele se tornar um grande atleta. Até os meus colegas percebem isso e comentam comigo. Os outros também estão no mesmo caminho", finalizou.
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