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sábado, 27 de outubro de 2018

Mulher que fingiu gravidez criou perfil falso para justificar parto, morte de bebê e falta de atestado de óbito em MS

Jovem dizia que "Carolina Onório" era sua amiga. Sogro descobriu farsa ao procurar corpo da criança no Imol em Campo Grande (MS) e registros no hospital em que a mulher disse ter tido a criança.


jovem de 20 anos que fingiu gravidez e mentiu para a família que perdeu bebê no parto em Campo Grande (MS), justificou o próprio desaparecimento para a família através de um perfil falso criado por ela no facebook. Segundo a polícia, o perfil em nome de "Carolina Onório" mandou mensagens para sua irmã dizendo que ela havia passado mal e estaria no hospital, sem querer receber visitas.
Diante da recusa de "Carolina" em dizer onde a mulher estaria internada, a irmã disse que a família procurou e não encontrou registros da jovem nos hospitais da cidade. Ela, porém, continuou acreditando que tratava-se de uma amiga da irmã que estaria escondendo algo da família.
Perfil falso criado por jovem que fingiu gravidez e mentiu sobre parto enviava mensagens para a família dela como se fosse sua amiga.  — Foto: Keller Luiz/DivulgaçãoPerfil falso criado por jovem que fingiu gravidez e mentiu sobre parto enviava mensagens para a família dela como se fosse sua amiga.  — Foto: Keller Luiz/Divulgação
Perfil falso criado por jovem que fingiu gravidez e mentiu sobre parto enviava mensagens para a família dela como se fosse sua amiga. — Foto: Keller Luiz/Divulgação
O perfil de "Carolina" havia sido criado pela própria jovem para justificar à família seu desaparecimento, e toda a história que planejou sobre o desfecho da falsa gravidez. De acordo com a polícia, a mulher disse que mentiu para reatar seu relacionamento com o ex-marido, de 23 anos.
Ela chegou a fazer chá de revelação, apresentando exames de ultrassom que procurou na internet para provar que o bebê era uma menina. O pai postava fotos em redes sociais e planejava a chegada da criança, que receberia o nome de "Heloysa Vitória". O casal ganhou móveis, roupinhas, e o marido acompanhou a mulher em um suposto exame de pré-natal, porém ela não permitiu que ele entrasse na sala.
A jovem disse que a cesariana seria nesta quinta-feira (25), data em que o marido chegou em casa e não a encontrou. Horas depois do suposto desaparecimento, o perfil de Carolina entrou em contato com a família para dizer que o bebê havia morrido no parto e que a mãe estava internada e não queria receber visitas.

Segundo a polícia, o perfil foi criado para justificar não só o desaparecimento da mãe, mas também o enterro do bebê e a ausência de um atestado de óbito. O plano da jovem era dizer que o enterro foi feito por "Carolina" porque a mãe estava abalada, e que a tal amiga teria ficado com o atestado de óbito por engano.

Sogro descobriu farsa procurando pelo corpo da neta

O policial civil Keller Luiz, que estava de plantão no Instituto de Medicina e Odotontologia Legal (Imol) foi quem recebeu o sogro da jovem, que procurava pelo corpo de um bebê:
"O avô paterno chegou procurando pelo corpo de um bebê recém-nascido, porém, não havia nenhum. Achei muito estranha a história, pois, ou havia uma criança morta e com corpo oculto, ou uma criança viva desaparecida, então acionei a delegacia responsável pela região", relata.
O policial afirma que examinou o celular da irmã da jovem, e lá verificou que o perfil falso realmente tentava sustentar a história de que a mulher estava em companhia desta amiga, teria passado mal, ido para o hospital e perdido o bebê no parto.
"O suposto avô paterno disse que ela passou mal e foi atendida em um hospital da cidade que não tem obstetrícia, mesmo assim oprocuramos e hão havia registro dela. Depois teria sido encaminhada ao Hospital Universitário, onde fomos verificar, e ela havia sido atendida lá há 6 meses."
Segundo a polícia, na manhã desta sexta-feira (26) a jovem teria dito ao marido que estava de alta médica no HU e ele foi buscá-la. Ao chegar, a mulher tinha nas mãos uma pulseirinha com o nome do médico que teria feito o parto. Ela confessou que forjou a pulseira ali mesmo no hospital.
Polícia apreendeu falsa pulseira de maternidade criada pela jovem em MS — Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoPolícia apreendeu falsa pulseira de maternidade criada pela jovem em MS — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Polícia apreendeu falsa pulseira de maternidade criada pela jovem em MS — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Ao chegar em casa, a família começou a questionar sobre o corpo do bebê. A mulher disse que estaria no Imol e seria liberado no sábado, momento em que o sogro saiu em busca do corpo da suposta neta. Na história que a jovem contou, "Carolina" ficaria responsável pelo enterro da criança, porque ela estava abalada.
Quando soube que a família do marido descobriu que não havia bebê, ela confessou a mentira. A mulher planejava dizer que a tal amiga havia ficado por engano com o atestado de óbito, e não atenderia mais suas mensagens, e assim justificaria o sumiço de "Carolina".
De acordo com a polícia, a jovem conseguiu levar a mentira por 9 meses e forjar o crescimento de uma barriga por conta do sobrepeso. O marido descreveu que chegava a sentir "a criança mexer", o que era, na verdade, um movimento voluntário da musculatura da barriga da mulher.
À polícia, a jovem disse estar arrependida por ter mentido à família.

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