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domingo, 7 de janeiro de 2018

Brasileiro detido na Venezuela é libertado

Segundo fontes, Jonatan Moisés Diniz embarcou em um avião rumo a Miami. Chanceler confirma que ele foi expulso do país

RIO, BRASÍLIA e BUENOS AIRES — Após quase dez dias detido em Caracas, o brasileiro Jonatan Moisés Diniz, de 31 anos, foi libertado neste sábado pelo governo venezuelano e já embarcou num voo rumo a Miami, onde vive. No Twitter, o chanceler brasileiro Aloysio Nunes confirmou a libertação, citando explicitamente sua expulsão: “O incidente envolvendo o brasileiro Jonatan Moisés Diniz foi encerrado, com sua expulsão da Venezuela”.
Na manhã deste sábado, o Itamaraty recebeu a informações de que o governo avaliava expulsar Jonatan do país. Funcionários do governo brasileiro questionaram as autoridades venezuelanas se aconteceria uma visita consular antes disso, mas não obtiveram resposta. À tarde, o Itamaraty foi comunicado que o brasileiro estava em um voo para os EUA.



Ainda não foram divulgadas informações sobre os motivos que levaram à prisão do brasileiro e nem detalhes sobre a decisão de soltá-lo. A saída só foi possível graças aos “intensos esforços” do Ministério das Relações Exteriores através da embaixada e consulado em Caracas”, explicou uma fonte brasileira.



 Ao GLOBO, a mãe de Jonatan, Renata Diniz, contou ter sido informada pelo Itamaraty que o filho havia sido solto. Muito emocionada, afirmou não ter informações sobre seu estado de saúde e nem sabe quando conseguirá falar com o filho. Depois que chegar a Miami, Jonatan irá para o Brasil.


— Não sei muitos detalhes, mas o mais importante para mim era que ele saísse de lá, era o que mais interessava à família. Já chorei muito mas espero que essa situação toda passe — contou, aos prantos. — Estou com o telefone na mão aguardando notícias do Itamaraty a qualquer momento. Está sendo muito difícil

AGRADECIMENTO NAS REDES SOCIAIS

No Facebook, onde fez uma campanha pela inocência do filho, Renata agradeceu neste sábado a todos que ajudaram sua libertação: “Aproveito este espaço para agradecer cada palavra, cada atitude e cada abraço de todos que não mediram esforços: Itamaraty, direitos humanos, embaixada, políticos, religiosos, família, amigos, pessoas influentes e outras que continuam firme em nossa campanha”.

Jonatan estava detido desde o fim do ano passado na sede central do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), na capital venezuelana. Esse foi o primeiro lugar onde as autoridades do consulado brasileiro o procuraram, mas num primeiro momento agentes do Sebin negaram que ele estivesse no local, chamado de “A Tumba” por ex-presos locais.
O governo demorou mais de uma semana para descobrir que o brasileiro estava nesta espécie de prisão de segurança máxima do Sebin.

 Ele mora nos Estados Unidos e viajou para a Venezuela para fazer trabalhos de caridade, no fim do ano passado. No dia de sua detenção, Diosdado Cabello, membro da Assembleia Nacional Constituinte e figura de peso dentro do chavismo, declarou publicamente que o brasileiro estava à frente de uma ONG chamada “Time to Change the Earth”. De acordo com o dirigente chavista, a ONG serviria de fachada para promover atividades contra o governo venezuelano na internet e nas ruas.



O chavismo também o acusou informalmente de ser parte do grupo “Warriors of Angels” (Guerreiros dos anjos, em português), e um dos supostos delitos cometidos por Jonatan teria sido a publicação em redes sociais de imagens de protestos contra o governo Maduro.


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