Operação Ícaro foi deflagrada em 2015 após denúncia de furto de peças de aeronaves e graves acidentes aéreos registrados em Mato Grosso do Sul.
A Polícia Civil conclui nesta segunda-feira (14) o inquérito sobre uma organização criminosa que adulterava aeronaves em Mato Grosso do Sul. Além de um piloto preso, também houve a prisão de um empresário e interdição de 50 aeronaves.
"Estamos encaminhando o inquérito ao Ministério Público, porém vamos continuar as buscas por aeronaves e foragidos. Esta é uma ação complexa e que ainda temos muita coisa a esclarecer, incluindo o desaparecimento de um piloto", afirmou ao G1 a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações e titular da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco).
Na última fase da Operação Ícaro, denominada Narcos, a polícia fez uma ação simultânea em Campo Grande, São Gabriel do Oeste e Ponta Porã. Nesse último município, um piloto de 35 anos foi preso. Segundo as investigações, ele seria o chefe da organização criminosa.
Equipes estiveram em uma empresa de informática no Centro da capital, declarada proprietária do avião que estava com o piloto preso. O proprietário da empresa também foi preso.
Os suspeitos devem responder por integrar organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e atentado a segurança de voo. Além disso, o piloto ainda deve responder por homicídio e ocultação de cadáver, por causa das mortes causadas em acidentes, uma vez que é apontado como mentor da organização.
Entenda o caso
A primeira fase da Operação Ícaro foi deflagrada em outubro de 2015 depois de uma denúncia de furto em Campo Grande e graves acidentes aéreos registrados no estado.
Ao analisar as peças de aeronaves apreendidas e documentação, a polícia descobriu um "esquema de oficinas clandestinas" e empresas homologadas que estariam terceirizando o serviço nestes locais.
Depois da ação conjunta, o sistema de vistoria e fiscalização da aviação civil no país sofreu mudanças. A partir do que foi revelado na investigação, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fez uma revisão dos procedimentos de fiscalização e controle de peças.

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