Reunião nos próximos dias deve definir futuro da atual comissão técnica, alvo de questionamentos por parte de atletas e diretores
O empate em 1 a 1 com o Atlético-PR, no último domingo, livrou o Palmeiras do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro e garantiu a equipe na elite do futebol nacional em 2015. Foi mais sofrido do que o imaginado por todos no clube, mas o "principal objetivo" do técnico Dorival Júnior no comando do Verdão foi alcançado.
Contratado no início de setembro, o ex-volante assumiu a equipe após uma passagem desastrosa do argentino Ricardo Gareca pelo futebol brasileiro. No caminho de Dorival, um turno inteiro para recuperar a equipe e afastar o fantasma da segunda divisão que parece rondar os lados da Rua Turiassu desde 2002.
Apesar do bom desempenho contra algumas equipes que brigavam na parte de cima da tabela, o rendimento não agradou. Tanto que o Verdão foi para a última rodada com um ponto de diferença para o Z-4 e só não caiu porque o Vitória não conseguiu fazer a sua parte no Barradão, contra o Santos. A irregularidade da equipe e as constantes mudanças em busca de uma formação ideal deixaram atletas, conselheiros e torcedores insatisfeitos.
Dorival Júnior, abatido, durante o jogo entre Palmeiras e Atlético-PR (Foto: Marcos Ribolli)
Além do baixo aproveitamento - foram apenas 22 pontos em 60 disputados -, o treinador passou a sofrer resistência de parte do elenco, justamente no momento de maior apreensão da temporada. A insistência com alguns atletas em má fase e até os métodos de trabalho no dia a dia da Academia de Futebol foram questionados. Mouche foi um dos atletas que chegou a questionar publicamente as escalações da atual comissão técnica.
A entrada de Bruno César no segundo tempo da partida contra o Internacional, por exemplo, não agradou. Pouco aproveitado durante o ano, o meia não vinha sendo relacionado e estava fora da lista de convocados desde a 32ª rodada. Em um dos momentos mais importantes do Palmeiras no Brasileirão, porém, o atleta voltou ao time, mas pouco acrescentou e, de quebra, ainda acabou expulso na derrota para o Colorado, no Beira-Rio.
Após o empate em 1 a 1 com o Atlético-PR, na arena, Dorival Júnior falou sobre o futuro e manifestou desejo de permanecer no clube em 2015. Mas, apesar de ter contrato até junho do ano que vem, colocou seu futuro nas mãos da diretoria.
- Fui contratado e o maior problema era justamente o rebaixamento. A situação era muito complicada, mas não vou entrar em mérito, vou discutir internamente. Independentemente do que venha a acontecer, tenho obrigação de colocar tudo o que eu vi - disse o treinador.
- Estou muito tranquilo, isso tem de ser estudado pela diretoria. Merecimento é muito relativo. A posição que eles tomarem vai ser a correta e melhor para o Palmeiras - completou.
No Verdão, o clima é de despedida para a atual comissão técnica. Dorival Júnior deve se reunir com dirigentes nos próximos dias para falar sobre o planejamento do clube. Caso a saída do treinador seja confirmada, já existe nos bastidores uma corrente que pede a contratação de Mano Menezes, desde que o treinador, que está de saída do Corinthians, se enquadre na realidade financeira palmeirense.

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