Animais têm aparecido com frequência nas casas, perturbando população.
Medidas preventivas podem ser tomadas antes e depois de ver o animal.
Os moradores da Rua Porto Alegre, no Jardim Brasília, em Presidente Prudente, têm que conviver com o medo dos escorpiões que têm aparecido com frequência em várias casas do bairro, preocupando as pessoas.
Segundo a costureira Elisabeth Tavares, o receio de encontrar um escorpião é tão grande que ela comprou um farolete para conseguir enxergar durante a noite. “Estou apavorada, não tenho sossego. Não deixo meus sapatos no chão e também já tirei até os tapetes”, afirmou.
Os moradores do bairro dizem terem encontrado os animais durante o verão e esperavam que, com a chegada do inverno e a mudança nas temperaturas, a presença deles fosse diminuir. Porém, isso não aconteceu. “Nós não conseguimos dormir direito. Esses dias, a minha vizinha encontrou um bicho desse na cabeceira da cama dela. Então, de madrugada, eu ascendo a luz para verificar se eu não encontro escorpião”, relata Viviane de Lima.
O comerciante Luiz Lopes Pereira se diz indignado com a situação. O morador conta que sua filha está grávida e isso torna a situação ainda mais complicada. “Todas as noites tenho que fazer vistoria nos quartos para ver se não tem nenhum escorpião. Assim minha filha pode dormir tranquila”, diz.
A equipe do SPTV 1° Edição convidou o biólogo Milton Yamamoto para ir até o bairro e buscar respostas para os moradores. De acordo com ele, o frio que faz no Oeste Paulista não é suficiente para limitar a presença dos escorpiões e, inclusive, há alguns ambientes no bairro que são adequados para abrigar esses animais e colaboram para a reprodução deles. “O escorpião é um animal que gosta de local escuro, úmido e com a presença de pequenos insetos”, explica.
O biólogo acrescenta ainda que as picadas dos escorpiões geralmente não são fatais. No entanto, causam uma dor muito forte e preocupam, principalmente, crianças e idosos. Portanto, para evitar esse transtorno, Yamamoto expõe que o ideal é prevenir. “A primeira coisa é fazer as medidas preventivas, como organização do local, limpeza e não deixar nada que possa atrair o bicho e abrigá-lo”.
Os moradores do bairro esperam providências dos órgãos responsáveis. À equipe de reportagem, a prefeitura informou que na próxima semana vai providenciar a limpeza do bairro.
Contudo, os moradores afirmam que a própria comunidade precisa ajudar, como é o caso de Viviane de Lima. Para ela, “não adianta apenas alguns vizinhos limparem seus quintais e outros não”. Luiz Lopes Pereira concorda com a vizinha e acrescenta ser necessário alguma solução para esta situação. “Como é que a gente vai ficar?”, questiona o comerciante.
Diante do caso, o problema dos escorpiões nas cidades deve ser encarado com muita atenção. Um acidente com escorpião pode ser classificado como leve, moderado ou grave, segundo o médico infectologista, André Pirajá. As crianças e idosos são pessoas que tendem a ter complicações mais graves devido à massa corpórea. “O peso delas são menores, então a propagação do veneno é maior, acarretando danos maiores”, ressalta o especialista.
O médico explica ainda que cuidados importantes devem ser tomados no momento em que ocorrer a picada do animal, evitando, assim, maiores complicações. “Se a pessoa visualizar o escorpião, deve prendê-lo e levar junto com a vítima para o hospital. Não deve matá-lo. Assim, os médicos podem tomar as medidas adequadas”, garante Pirajá.


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