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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Bombeiros ampliam efetivo para combater queimadas na Capital

Depois do frio intenso, que superou a média histórica de 38 anos, e judiou dos campo-grandenses acostumados com o “sol de estalar mamona”, a cidade enfrenta agora o tempo seco. Hoje, por exemplo, a umidade relativa do ar ficou em 18%, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Metereologia). Clima propício à ocorrências de incêndios e obriga o Corpo de Bombeiros a reforçar o efetivo para combater às queimadas na cidade. Além de maior trabalho à corporação, as queimadas pioram a qualidade do ar.
Logo depois que a massa de ar polar deu adeus à Capital do Mato Grosso do Sul, o Corpo de Bombeiros começou a registrar, com mais frequência, ocorrências de incêndio em vegetação no perímetro urbano. A assessoria de imprensa do órgão ainda não tem um levantamento fechado do mês de julho, mas informa, com segurança, que as chamadas aumentaram na última semana.
O chefe de comunicação social da entidade, tenente-coronel Joilson de Paula afirmou que as equipe estão de prontidão para atender a todos os chamados. Se a demanda for superior ao esperado, completou, militares dos setores administrativos serão acionados para integrarem as escalas extras.
Atualmente, segundo a assessoria, Campo Grande conta com 62 bombeiros para atender as ocorrências diariamente. Caso necessário, como aconteceu no ano passado, o efetivo pode ser ampliado para 72 militares. Geralmente, em situações como esse, duas guarnições são incorporadas, com cinco militares cada, uma na área norte e outra na região sul da cidade.
O Campo Grande News foi ouvir quem entende do assunto, para saber porque, nesse período, ocorrem tantos incêndios. A “aula” é do professor Amilton Pavão, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
“Nessa época do ano, aumenta a emissão dos poluentes e junto com a baixa umidade do ar, a qualidade do ar cai. O problema da umidade já é ruim e junto com isso vem a fumaça”. O “material particulado”, disse, é o nome científico da foligem que vira, nas palavras dele, um “coquetel maléfico”, que só termina com chuva.
Em Campo Grande, segundo o professor, as queimadas produzem gases tóxicos: o carbônico, o monóxido de carbônio e o ozônio. “Aqui o pessoa tem mania de queimar em fundo de quintal e dá um problema maior”, afirmou.
Prevenção – O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros sabe bem disso e destaca medidas simples que podem evitar uma tragédia. A maioria dos casos de incêndio em vegetação, afirmou, são causados por conta do acúmulo de sujeira.
Se o terreno está repleto de materiais que pegam fogo facilmente, uma simples bituca de cigarro é suficiente para causar estragos. A recomendação, de sempre, é acionar o serviço de emergência, pelo 193. “Principalmente quando tiver próxima a escola, posto de combustíveis, casa de madeiras”, disse. Por último, Joilson deixa um recado, conhecido, mas necessário: “Colocar fogo em terreno baldio é crime”.
campograndenews

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