Para palmeirenses, imitação do porco feita no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista motivou ainda mais o elenco alviverde
Nem a histórica rivalidade, muito menos o fato de poder acabar com o jejum de títulos. Ou a possibilidade de o Corinthians prolongar a fila palmeirense por mais tempo e devolver na mesma moeda a perda do Paulistão de 1974, quando o Verdão venceu e obrigou o rival a completar 20 anos sem conquistas.
O que esquentou mesmo o clima para aquele segundo jogo da final de 1993 foi a comemoração do gol de Viola na primeira partida. Aos 13 minutos do primeiro tempo, Neto cobrou falta da direita. A bola passou por toda a grande área e encontrou o atacante na linha de fundo, que teve de se jogar para evitar a saída e desviar para o fundo da rede
Ao cair ao lado do gol defendido pro Sérgio, o corintiano não pensou duas vezes e imitou o porco. Herói do primeiro jogo, o camisa 9 do Timão manteve o discurso irreverente e provocativo.
- Todo mundo estava procurando o porco, e o porco estava lá dentro da rede - afirmou logo após a partida, ainda no gramado do Morumbi.
Nos vestiários, manteve a provocação e dedicou o lance para a mãe, Joana:
- O gol vai para ela, que me fez uma feijoada especial, cheia de carne de porco - afirmou o jogador do Corinthians, em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”.
Parceiro de ataque de Viola, Paulo Sérgio defendeu o companheiro. Mas revelou que tentou amenizar a comemoração.
- O que ficou mais marcado não foi o gol, mas a comemoração. Lembro que quando nós chegamos nele, pulamos e o abraçamos para não ficar tão polemico. Mas não teve jeito - disse o ex-atacante.
O fato foi muito explorado pelos palmeirenses. Para tirar o elenco dos olhares da torcida e da imprensa, Vanderlei Luxemburgo levou a delegação para a cidade de Atibaia durante a semana. Apenas o último treino da equipe antes da decisão, na sexta-feira, foi realizado na Academia de Futebol.
Mas em nenhum momento a provocação de Viola saiu da cabeça dos jogadores. Muito pelo contrário. Foi uma motivação extra para os palmeirenses naqueles últimos momentos de jejum.
- Não era só uma questão de ser campeão, de quebrar um tabu. Era uma questão de honra também - lembrou Evair, herói palmeirense.
- O foco principal não era só ser campeão, era também dar respostas para essas provocações. Aquela encenação de imitar o porco mexeu não só com os jogadores como com todos os palmeirenses - recordou Sérgio.
Os próprios corintianos admitem que a provocação acabou sendo um gol contra. Paulo Sérgio recorda que esperava um segundo jogo mais pegado por causa da comemoração feita por Viola.
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