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sábado, 26 de janeiro de 2013

Motim em prisão venezuelana deixa mais de 50 mortos


Mais de 90 pessoas ficaram feridas no confronto, diz diretor de hospital.
Polícia conteve protesto de familiares do lado de fora da cadeia.


Mais de 50 pessoas morreram e 90 ficaram feridas nesta sexta-feira (25) durante um motim na prisão de Uribana, localizada no estado de Lara, na Venezuela, de acordo com o diretor do Hospital Central Antonio María Pineda, Ruy Medina.
"A informação que temos é que há 54 falecidos", assinalou o médico, antes de indicar que 12 deles morreram no hospital.
"A partir das 11h da manhã de hoje começaram a dar entrada na emergência do hospital central feridos procedentes da prisão de Uribana (...) durante o dia operamos 14 feridos, que precisavam de cirurgia", explicou o diretor do hospital.
Mais cedo, a ministra de Assuntos Penitenciários, Iris Varela, havia anunciado que uma revista em busca de armas gerou choques entre os detentos e as autoridades, que deixaram um "registro de afetados" indeterminado na prisão.
"Assim que tivermos o controle absoluto das instalações do centro penitenciário de Uribana, passaremos a precisar as causas do ocorrido e o saldo das pessoas afetadas para oferecer um relatório detalhado, objetivo e veraz", assinalou Varela a jornalistas.
Em suas declarações, a ministra culpou como "detonador da violência" a imprensa local e as redes sociais por terem anunciado a revista antes de sua realização, o que teria provocado, "horas depois, um motim no interior do centro penitenciário".
Familiares de prisioneiros protestam do lado de fora da cadeia de Uribana (Foto: AFP)Familiares de prisioneiros protestam do lado de fora da cadeia de Uribana (Foto: AFP)
Segundo Humberto Prado, a revista praticada na manhã desta sexta-feira "se transformou em um enfrentamento" que se prolongou, de acordo com sua versão, de 10h às 13h locais.
A polícial local também precisou conter uma manifestação violenta de parentes de prisioneiros realizada do lado de fora da cadeia.
As penitenciárias da Venezuela estão superlotadas, gerando situações de insalubridade e violência entre presos. Dados oficiais indicam que há quase 50.000 reclusos, mas a estrutura carcerária só comporta cerca de 14.000.
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