Alexandre Padilha foi ao local onde corpos de vítimas são reconhecidos.
92 pacientes estão internados em Santa Maria e 14 em Porto Alegre, disse.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou neste domingo (27), durante coletiva de imprensa em Santa Maria (RS), que a prioridade neste momento é salvar a vida das pessoas que ficaram feridas durante incêndio em uma boate da cidade. Na coletiva, autoridades informaram que 233 morreram, 120 homens e 113 mulheres.
Segundo Padilha, 92 pacientes estão internados em hospitais de Santa Maria, além de 14 pessoas que foram transferidas para Porto Alegre. Ele alertou ainda que é possível que as pessoas expostas à fumaça na boate podem ainda vir a ser vítimas da chamada pneumonia química. O ministro destacou que o número de feridos é maior do que o número de pacientes internados.
Segundo ele, as três prioridades são salvar as vidas dos feridos, atendimento aos familiares das vítimas e monitorar o estado de saúde daqueles que estavam na boate. "A primeira prioridade é buscar salvar as vidas. AInda temos 92 pacientes internados nos hospitais de Santa Maria. [...] A maior parte desses pacientes por intoxicação respiratória. Neste momento, pacientes queimados são minoria", disse. Depois, ele disse que cerca de 20% do total de feridos internados, 16 pessoas internados, são "grandes queimados".
Durante a coletiva de imprensa, as autoridades destacaram que, dos 233 mortos, 115 já foram identificados, sendo que 43 já tiveram os corpos liberados. Padilha disse que a identificação dos corpos é difícil porque muitas vítimas não estavam com seus documentos. "Parte das pessoas estava sem identificação, com documentos nas bolsas. Então, há um esforço na identificação."
Por volta das 14h deste domingo (27), a presidente Dilma Rousseff esteve no Hospital de Caridade de Santa Mariaonde visitou feridos do incêndio na boate Kiss, que causou, pelo menos. Após passar pelo hospital, a comitiva presidencial se dirigiu ao ginásio do Centro Desportivo Municipal, onde está ocorrendo o reconhecimento dos corpos das vítimas da tragédia.
Dilma conversou com alguns familiares que aguardam para fazer o reconhecimento dos corpos, mas, muito emocionada, logo deixou o local sem falar com a imprensa.
“Ela esteve no local onde estão as famílias, conversou com alguns, mas está muito emocionada, é um clima que ninguém queria vivenciar. Queremos dar todo o apoio ao trabalho que está sendo feito. Queremos respostas”, disse o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), que acompanhava a presidente.
Ao ser informada por auxiliares, na manhã deste domingo (27), sobre a extensão da tragédia no Rio Grande do Sul, a presidente Dilma Rousseff mandou cancelar todos os compromissos do dia previstos em sua agenda oficial em Santiago do Chile. A chefe de estado brasileira participava desde sábado (26), na capital chilena, de um encontro de cúpula de países latino-americanos e europeus.
Segundo a assessoria da Presidência, entre os compromissos cancelados por Dilma estavam encontros bilaterais com os presidente de Argentina, Letônia e Bolívia.
Antes de embarcar de volta ao Brasil, a presidente entrou em contato com integrantes do primeiro escalão para determinar que todos os ministros ficassem de prontidão para auxiliar no atendimentos às vítimas do incêndio e seus familiares.
De acordo com a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, Dilma também ordenou, direto do Chile, que uma equipe de técnicos e peritos federais viajasse nesta tarde de Brasília para o Rio Grande do Sul para auxiliar nos trabalhos de identificação dos mortos.
Em declaração à imprensa em Santiago, Dilma chegou a chorar ao lamentar as mortes de mais de 200 pessoas no incêndio da boate Kiss.
"Eu queria dizer à população do nosso país e de Santa Maria o quanto, nesse momento de tristeza, estamos juntos. E necessariamente iremos superar, mantendo a tristeza", disse a presidente com a voz embargada.
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