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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Material tóxico vaza novamente e BR-101 segue interditada no ES


PRF informou um novo vazamento na manhã desta terça-feira.
Produto já começou a ser retirado, mas não há previsão de liberação.


 A pista continua interditada nos dois sentidos, no km 238 da BR-101, em Fundão, no Espírito Santo, na manhã desta terça-feira (22), sem previsão de liberação, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), após novo vazamento onde uma carreta com produto tóxico tombou. O material perigoso começou a ser retirado do local, mas ainda não há prazo definido para a liberação do tráfego. A recomendação da PRF é que o motorista siga pela rodovia ES-010.
A carreta tombou na manhã desta segunda-feira (21) e, desde então, a pista segue interditada. Mais de 17 toneladas do produto tóxico vazou. A carreta levava 84 tambores carregados com diissocianato de tolueno, um líquido inflamável que seria usado em uma fábrica de colchões. O produto ficou espalhado na pista. "É um produto líquido que evapora. Por isso, mesmo que a pessoa não toque no produto, só de estar naquela região pode ter sintomas relacionados à intoxicação. É um produto perigoso", explica o médico Nixon Souza.
A remoção do produto químico está sendo feita por uma empresa especializada, de fora do estado, segundo a PRF. A carga é retirada lentamente, por se tratar de um produto perigoso. Há risco de explosão. Os moradores que tiverem algum tipo de problema podem procurar o Centro de Intoxicação do governo do estado no telefone 0800-29-39-904.
Na tarde desta segunda-feira, dois policiais rodoviários federais precisaram ser hospitalizados, após se aproximarem do produto tóxico. Segundo o Hospital Metropolitano, na Serra, para onde foram levados, eles ficaram em observação durante quase quatro horas e, por reagirem bem durante esse tempo, tiveram alta no final da tarde.
O inspetor da PRF, Waldo Lemos, explicou que o produto tolueno diisocianato era transportado em latões no veículo. Os policiais hospitalizados foram os primeiros a chegar no local e não chegaram a ter contato direto com a substância. “Eles ficaram com a mucosa irritada e muita ardência nos olhos. Ficamos sabendo que os uniformes deles foram descartados, por se tratar de um produto tóxico. Depois ficaram em observação”, explicou.
O motorista da carreta também foi levado para um hospital da região, para avaliação médica. O estado de saúde não foi informado. Ele seguia do Rio de Janeiro para Pernambuco e contou que não sabia que transportava um produto tóxico.
Por conta da substância derramada na via, uma área de 800 metros foi interditada para não causar riscos a outras pessoas, segundo a polícia.
A PRF ainda explicou que está aconselhando os motoristas a viajarem por caminhos alternativos. “Para os veículos de carga pequena e de passeio, estamos aconselhando o litoral, com acesso pelo km 179 por Guaraná, pelo km 212 por Ibiraçu, e pelo km 228 por Fundão. Há ainda a possibilidade de pegar a ES-010, conhecida como Rodovia do Sol, e passando por Santa Leopoldina e Santa Teresa. Já os veículos de maior porte, que não podem pegar outra rota, a alternativa é parar em algum posto de gasolina e esperar”, disse o inspetor.
Acidente em Fundão. (Foto: Divulgação/ PRF-ES)Acidente em Fundão. (Foto: Divulgação/ PRF-ES)
O acidente
No km 238 da BR-101, onde ocorreu o acidente, a pista não é duplicada. De acordo com a PRF, existem dois pontos de ônibus no local, um de cada lado da rodovia, e, no momento, dois coletivos estavam parados nos pontos, um em cada sentido. O motorista de um caminhão-caçamba reduziu a velocidade para passar entre os ônibus e a carreta com a carga tóxica acabou batendo atrás do caminhão, tombando. A carga, que é liquida, vazou de, pelo menos, dois tonéis. Segundo os bombeiros, o transporte era feito de forma irregular.
Multa
O Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) informou que a empresa responsável pela carga será multada, mas só saberá o valor após uma vistoria. A quantia da multa implica na questão de dano ambiental, extensão do dano, quantidade de material perdido, congestionamento, entre outros fatores. Ainda segundo o Iema, a empresa, que não foi localizada pelo G1, não tem licença para transportar o produto tolueno diisocianato.
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