Após 11 horas de julgamento no Fórum de Primavera, jurados acataram a versão apresentada pela defesa de Roberto Gargione Junqueira
O julgamento começou era quase 9h30 e a decisão do júri sobre o fazendeiro Roberto Gargione Junqueira saiu por volta das 20h30 dessa terça-feira (16), em Primavera, distrito de Rosana. Ele foi absolvido da acusação de tentativa de homicídio contra o ex-líder do Movimento Sem-Terra (MST) José Rainha Júnior.
O crime aconteceu em 2002, durante a ocupação da fazenda Santa Rita. O carro em que Rainha e outros dois integrantes do movimento estavam foi atingido por vários tiros. Um dos disparos acertou o ex-líder nas costas.
O fazendeiro Roberto Junqueira foi preso em flagrante por tentativa de homicídio, mas foi solto e respondia ao processo em liberdade.
Nessa terça-feira, antes do início do julgamente, José Rainha foi recebido por vários integrantes do MST que vieram de acampamentos e assentamentos da região para acompanhar o julgamento no Fórum do distrito.
“Nós sofremos uma emboscada por três pessoas, inclusive por Roberto Junqueira. Não tem como alegar legítima defesa em uma emboscada. Esperamos que seja feita Justiça”, disse José Rainha, pouco antes do início do júri.
Roberto Junqueira chegou logo depois, acompanhado pela advogada Liliana Buff de Souza e Silva. Ela e Augusto Vieira eram os responsáveis pela defesa.
Roberto Junqueira chegou logo depois, acompanhado pela advogada Liliana Buff de Souza e Silva. Ela e Augusto Vieira eram os responsáveis pela defesa.
O júri foi formado por quatro mulheres e três homens que ouviram o depoimento da vítima, do acusado e de outras quatro testemunhas. A defesa pedia a absolvição, alegando que a ação foi em legítima defesa. Já a promotoria afirmava que o fazendeiro atirou com a intenção de matar.
Apesar do trabalho da promotoria e da assistência de acusação, os jurados acataram a versão apresentada pela defesa e absolveram o fazendeiro após 11 horas de julgamento.
Após o julgamento, mesmo com a absolvição de Junqueira, não houve manifestação dos integrantes do MST. Já a defesa, comemorou o resultado.
“Deixando de lado a prova técnica dos laudos, o que pesou foi a forma como o Movimento Sem-Terra se comporta. Como ficou caracterizado no processo, eles invadem a propriedade, matam bois, enfim, eles têm uma maneira muito truculenta e isso, de certa forma, pesa. A sociedade de Rosana não aceita o movimento com esse comportamento. Eu diria que não são contra a reforma agrária, mas são contra a forma de proceder do MST”, revelou o advogado de defesa Augusto Vieira.
A promotoria não demonstrou interesse em questionar o resultado, mas a assistência da acusação afirmou que deve, sim, recorrer da decisão.

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