Desde 2008 foram registradas mais de 30 gestações de portadoras e em nenhuma delas a criança foi diagnosticada como HIV positivo
Há quatro anos não é registrada em Presidente Prudente uma transmissão do vírus da Aids de uma gestante para o bebê. É o que mostram os dados do programa DST/Aids do município.
Os últimos dois casos de transmissão vertical, ou seja, aquela em que a mãe passa o vírus para o filho, foram identificados no primeiro semestre de 2008 na cidade. Desde então, foram registradas mais de 30 gestações e em nenhuma delas a criança foi diagnosticada como HIV positivo.
Ainda na barriga da mãe, o bebê tem tudo o que é preciso para se desenvolver. Mas é durante a gestação que o HIV pode ser transmitido para a criança. Um ciclo que pode ser evitado com o tratamento correto desde o início da gravidez.
“A partir do momento em que ela venha até um serviço de referência e usa os medicamentos corretos, o risco de 30% da criança contrair o vírus cai para 0,2%, ou praticamente nada. Mas para isso é preciso tomar o remédio e fazer o acompanhamento regular”, explica o médico infectologista Alexandre Portelinha.
A eficiência do tratamento está sendo comprovada em Prudente. A medicação disponível e o acompanhamento realizado tiveram como resultado a diminuição no número de casos.
O sucesso apontado pelos números é reflexo de um processo que começa no acompanhamento das mulheres que têm o vírus e procuram o atendimento.
“As mulheres que são tratadas pelo programa, após identificarmos que ela está grávida, ela é encaminhada para o serviço de referência e a partir daí ela é acompanhada pelo Hospital Estadual. Terminando o período gestacional, ela volta para o nosso serviço”, salienta o coordenador adjunto do Programa DST/Aids em Prudente, Jefferson Saviolo.
Mas os bons resultados não bastam, já que mesmo após o nascimento o cuidado deve ser constante. Durante a amamentação, o leite materno pode carregar o vírus.
“O risco de transmissão através do aleitamento materno chega a 20%, é um risco muito alto. É proibido amamentar. O DST/Aids fornece leite gratuitamente para essas mães que não podem amamentar. Então, podem ficar tranquilas que a criança não vai ficar sem alimento”, revela Portelinha.

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