Como a origem da quantia não foi comprovada, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso. Um dos envolvidos alegou que o valor fora obtido da venda de imóvel da família.
A Polícia Militar apreendeu mais de R$ 200 mil em dinheiro que eram transportados por dois homens, na madrugada desta sexta-feira (30), em Paulicéia (SP).
Ambos foram abordados pelos policiais na ponte sobre o Rio Paraná que faz a divisa entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, por volta das 4h.
Eles seguiam em um carro e, segundo a Polícia Militar, não souberam explicar a origem do dinheiro, o que causou suspeita durante a abordagem.
Os dois homens foram levados à Delegacia da Polícia Civil, onde prestaram esclarecimentos, e, posteriormente, acabaram liberados.
O dinheiro, que totalizou R$ 214.324,00, permaneceu apreendido para as investigações sobre o caso.
A Polícia Civil informou ao G1 que instaurou inquérito para apurar o caso e investigar a origem do dinheiro.
O valor apreendido foi depositado em uma conta judicial e ao fim das investigações poderá ser recuperado pelo responsável pela quantia, caso ele comprove a origem lícita do dinheiro.
Um dos objetivos do inquérito é esclarecer se houve o eventual cometimento do crime de lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Civil, o responsável pela quantia foi identificado como um homem de 43 anos, morador de Jardim (MS).
Ele alegou que o dinheiro havia sido obtido através da venda de uma propriedade rural de sua família, na cidade de Sidrolândia (MS), mas não apresentou à polícia documentação que comprovasse o negócio.
Ainda segundo a Polícia Civil, o homem contou que usaria o dinheiro na compra de um caminhão.
O outro homem, de 29 anos, foi identificado como motorista de aplicativo.
A polícia apurou que ele havia sido contratado pelo valor de R$ 400 para fazer uma viagem com o responsável pelo dinheiro entre as cidades de Jardim e Sorocaba (SP).
O dono do dinheiro alegou que voltaria de Sorocaba para Jardim com o caminhão que já havia negociado. Ele pegaria o “cavalo mecânico” em Sorocaba e ainda passaria na cidade de Bálsamo (SP) para acoplar ao veículo a carreta que também já havia comprado. A polícia constatou que ele possui habilitação para dirigir esse tipo de veículo.
O homem contou à polícia que o imóvel de sua família em Sidrolândia fora vendido por R$ 1,3 milhão e que ele havia recebido R$ 400 mil dessa transação.
Além do dinheiro, a polícia também apreendeu o celular do homem responsável pelo valor, por uma questão de cautela, para que o aparelho seja submetido à análise pericial.
As investigações vão tentar esclarecer se existe algum contrato de compra e venda do imóvel que teria dado origem ao dinheiro e também as informações disponíveis na escritura da propriedade rural.
“O dinheiro foi apreendido por cautela, pois a origem lícita não foi comprovada. É incomum o transporte desse tipo de valor. Geralmente, até por uma questão de segurança, as pessoas optam por fazer transações bancárias. Mas o inquérito policial vai apurar a origem da quantia. Se for comprovada a origem lícita, o dinheiro será devolvido ao proprietário”, disse ao G1 o delegado da Polícia Civil Bruno Verginassi de Oliveira.
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