Infração por 'explorar qualquer tipo de vegetação nativa' foi registrada em Tupi Paulista. Espécies de plantas foram enterradas no local.
A Polícia Militar Ambiental, nesta segunda-feira (25), multou em R$ 17,1 mil uma empresa sucroenergética por “explorar qualquer tipo de vegetação nativa”. No local, às margens da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Tupi Paulista, foi constatada a supressão de 57 árvores.
Conforme relatou a corporação ao G1, policiais realizavam uma fiscalização de rotina pela região, quando observaram que no local estava ocorrendo preparação de solo para a transferência de atividade agrícola: de pastagem para cana-de-açúcar.
Os policiais, então, entraram na propriedade para verificar a situação. A PM Ambiental esclareceu que é rotina tal verificação para observar se os devidos limites estão sendo respeitados, principalmente no que diz respeito às Áreas de Preservação Permanente (APPs).
Ao G1, a PM Ambiental ressaltou que não havia problema quanto às APPs, contudo, os policiais observaram algumas manchas de revolvimento de solo e viram vestígios de árvores sendo enterradas.
Ao verificar imagens de satélite, os policiais constataram que 57 árvores haviam sido suprimidas.
Eram espécies diversas, sem valor econômico na madeira, tais como leiteiro, farinha seca, ipê, canelinha e amendoim-bravo. “Por isso [sem interesse econômico] existe essa metodologia de fazer o buraco na própria propriedade e enterrar [a árvore]”, explicou a corporação ao G1.
Diante dos fatos, foi aplicado o Auto de Infração Ambiental, na modalidade multa simples, no valor de R$ 17,1 mil, sem providências penais. Agora existe um prazo recursal da multa.
Vestígios foram deixados e policiais constataram que árvores foram suprimidas e enterradas — Foto: Polícia Ambiental/Cedida
‘Nada fica obscuro’
A Polícia Militar Ambiental ressaltou ao G1 que a fiscalização foi possível devido à análise de imagens de satélite. “Baseado no software a gente conseguiu identificar quantas árvores foram arrancadas”, contou.
"É importante que as pessoas saibam que não adianta fazer as coisas escondido, porque nada fica obscuro”, salientou.
Ainda foi acrescentado que “hoje em dia temos análise de imagens de satélites em tempo real e até retroativa ao tempo para que gente possa comparar uma imagem atual com uma imagem passada”.
“A Polícia Militar Ambiental e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente estão atentas a este tipo de ocorrência e nada fica obscuro nesta questão. A gente consegue identificar exatamente quantas árvores existiam no terreno, mesmo se na atualidade não tiver vestígio algum de vegetação”, destacou ao G1 a corporação.
Imagens via satélite auxiliaram os policiais — Foto: Polícia Ambiental/Cedida
Ocorrência foi registrada em Tupi Paulista — Foto: Polícia Ambiental/Cedida
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