Mirella foi absolvida do crime de homicídio, mas condenada pela ocultação do cadáver da universitária Giovanna Tenório, morta em 2011.
Os desembagadores decidiram na manhã desta quarta-feira (30), por unanimidade, anular o júri quanto à absolvição da ré Mirella Granconato Ricciardi pelo crime de homicídio, e manter a condenação por ocultação de cadáver.
Dessa forma, o processo volta para o juiz de primeiro grau, onde deverá ser marcado um novo julgamento. De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), ainda não há previsão para que o novo júri seja marcado.
Votaram o juiz convocado e relator Maurílio Ferraz e os desembargadores João Luiz de Azevedo Lessa e Sebastião Costa Filho. O desembargador José Carlos Malta Marques não votou porque o irmão dele atuou como promotor do processo.
Acusada do assassinato da estudante universitária Giovanna Tenório, Mirella foi a julgamento em outubro de 2017 e foi condenada por ter ocultado o cadáver da estudante, mas absolvida da acusação de mandante do crime.
O recurso de apelação interposto pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL) que pede a anulação do julgamento cehgou a ser adiado algumas vezes, porque alguns desembargadores pediram vistas do processo.
Relembre o caso
Mirella Granconato Ricciardi foi absolvida do crime de homicídio, mas condenada pela ocultação do cadáver da universitária Giovanna Tenório durante o júri popular, presidido pelo juiz John Silas, no dia 11 de outubro.
Diante da situação ela deve cumprir pena em liberdade prestando serviços para comunidade, como também, deverá pagar uma indenização no valor de R$ 20 mil à família da estudante.
À época, familiares de Giovanna Tenório se demonstraram decepcionados com a decisão e disseram que vão se mobilizar para realizar atos nas redes sociais para cobrar um novo julgamento do caso e justiça.
Em depoimento, Mirella negou envolvimento no crime. "Não fiz isso. Mais do que ninguém aqui dentro eu quero que a verdade apareça para eu voltar para casa hoje. Quero minha vida de volta. Meus familiares estão passando constrangimento. Quero a verdade e que ela apareça. É o que eu espero", expôs Mirella durante o júri.
No entendimento da acusação, Mirella Granconato encomendou a morte de Giovanna Tenório porque a estudante teria um relacionamento amoroso com Antônio de Pádua Bandeira, que a época era esposo de Mirella.
Bandeira não é acusado no processo. Ele chegou a ser preso preventivamente, mas nunca foi denunciado. Quando o juiz perguntou à Mirella se ele tem envolvimento no assassinato, a ré disse que não sabe. "Se eu soubesse, diria".
No entanto, o motorista de caminhão Alberto Bernardino da Silva, que prestava serviços para Bandeira, foi condenado a 29 anos de prisão em setembro deste ano pela morte da universitária. Na ocasião, o júri popular entendeu que ele foi o autor material responsável pela morte e ocultação do corpo da universitária.
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