Instituto de Criminalística diz que passageiros não usavam cinto de segurança e que três garrafas de cerveja geladas foram apreendidas no local. Delegado aguarda laudo que apontará se motorista estava alcoolizado.
A Polícia Civil confirmou nesta terça-feira (30) que a BMW M5 que capotou em dezembro em Franca (SP), deixando três universitários mortos e outros dois feridos, estava a aproximadamente 189 quilômetros por hora no momento do acidente.
O delegado Dalmo Polo afirmou que o cálculo do Instituto de Criminalística (IC) tem margem de erro de 15% --para mais ou para menos--, mas destacou que o limite de velocidade permitido na avenida onde ocorreu a capotagem é muito inferior, variando de 40 a 60 quilômetros por hora.
Segundo apuração da EPTV, afiliada da Rede Globo, o laudo do IC aponta também que os passageiros do banco traseiro não usavam cinto de segurança e que os freios da BMW só foram acionados a 12 metros do final da avenida.
Ainda de acordo com a EPTV, três garrafas de cerveja geladas foram apreendidas logo após o acidente: duas estavam do lado de fora, próximas à porta do passageiro da frente, e outra estava dentro do carro.
“Eu vi o laudo, vi os cálculos, mas ainda vão imprimir e me mandar, o que deve acontecer entre hoje e amanhã. Mas [eles] estavam bem acima da velocidade permitida”, disse o delegado.
O acidente
Os três universitários morreram em uma capotagem na Avenida Doutor Armando de Sales Oliveira, no Parque Universitário, em Franca, no fim da noite de 16 de dezembro.
O estudante de administração Henrique Maniglia, de 18 anos, que dirigia a BMW, e o aluno de direito Eduardo Brandão, de 19, morreram no local. O estudante de engenharia civil João Moura Mattos Nogueira, de 19 anos, morreu durante atendimento na Santa Casa.
O estudante de medicina Eduardo Águila Raymundo, de 19 anos, e o aluno de engenharia de produção Gustavo Nascimento Ribeiro, de 18, foram socorridos em estado grave, ficaram internados em um hospital particular, mas já receberam alta.
Amigo das famílias, o comerciante João Edson Vieira disse, no dia seguinte ao acidente, que os jovens comemoravam a aprovação de um deles no vestibular: uma das vítimas havia ingressado na faculdade de medicina.
Investigação
A Polícia Civil trabalha com a suspeita de que Maniglia dirigia o veículo em alta velocidade e perdeu o controle da direção. O carro caiu em um barranco no final da avenida e capotou várias vezes, parando a 30 metros de onde o acidente teve início.
“Na verdade, a extinção da punibilidade vai ocorrer porque o suposto condutor faleceu. O inquérito investiga homicídio culposo, mas tem lesão corporal também porque sobreviveram dois”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com Polo, Raymundo e Ribeiro serão chamados para prestar depoimento, assim como outras testemunhas. O delegado também aguarda o resultado do exame feito pelo Instituto Médico Legal (IML), que apontará se o motorista estava alcoolizado ou não.
“O dono do carro pode ser responsabilizado civilmente, não penalmente, porque se um dos pais disser que o motorista estava correndo. Mas, não acredito em ação cível porque eles eram todos amigos desde criança”, completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!