O vice-presidente do Equador, Jorge Glas, se entregou na madrugada desta segunda-feira (2) à Justiça depois que um juíz da Corte Nacional de Justiça do Equador decretou sua prisão preventiva por sua possível implicação em atos de corrupção relacionados com a empresa brasileira Odebrecht.
Glas estava em sua casa na cidade de Guayaquil, a 270 km da capital, e a prisão ocorreu sem incidentes, segundo imagens de vídeo difundidas em redes sociais, citadas pela Associated Press.
Em um vídeo divulgado no Twitter, Glass disse que se entregaria à Justiça e que "acatava sob protesto" a ordem do juiz, segundo a Reuters. "Estou a poucos minutos de me entregar à Justiça, e, como sempre disse, os inocentes não tem por que fugir. Eu não o fiz, não irei fazê-lo", afirmou o vice-presidente, ao classificar o processo contra ele como inconstitucional e ilegal.
O tio de Glas, Ricardo Rivera, também implicado no caso, também se entregou em Guayaquil. Os dois seriam levados a Quito para cumprir a determinação judicial do juíz Miguel Jurado. Imagens da France Presse mostram Glas chegando a Quito.
Investigação
O vice-presidente era investigado pela Procuradoria por suspeita de ligação com o caso de propinas da Odebrecht, e estava proibido de sair do país, mas os procuradores encontraram novas provas que serviram como base para o pedido de prisão preventiva. O juiz também determinou o bloqueio das contas de Glas e a proibição de negociar seus bens.
Glas foi responsável pelos setores estratégicos do país como ministro e vice-presidente pelos últimos sete anos, e foi acusado de atos de corrupção por ex-funcionários de alto escalão do governo do ex-presidente Rafael Correa.
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