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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Peemedebista declara voto pró denúncia e já há 200 deputados contra Temer


Celso Pansera, do Rio, foi ministro no fim do governo Dilma Rousseff



BRASÍLIA - Ex-ministro de Dilma Rousseff, o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) declarou ao GLOBO que irá votar pela aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, seu colega de partido, por corrupção passiva. Com o voto, a enquete do GLOBO já soma 200 deputados a favor da investigação contra Temer.


Pansera foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação durante o último governo da ex-presidente Dilma Rousseff, tendo sido exonerado do cargo em abril de 2016, quando a petista sofreu impeachment. O peemedebista é o quarto de sua bancada a declarar apoio à denúncia da PGR.

O dia que antecedeu a abertura da sessão que irá decidir o destino do governo Temer, foi movimentado tanto para a oposição, que discutiu estratégias de atuação conjunta durante a votação, quanto para a base aliada, que fez diversas reuniões internas em suas bancadas.
Partidos como PR, PRB, PTB, Podemos e Solidariedade realizaram reuniões com seus parlamentares ao longo do dia. No Solidariedade, as opiniões estavam bem divididas, conforme declarou o líder, deputado Aureo (SD-RJ):

— A maioria é contra a aceitação da denúncia, mas a bancada estava quase rachada nesse tema. Como a maioria foi contra, o partido vai orientar contra a denúncia, mas cada deputado vai ter o direito de votar conforme a sua convicção, não vai ter punição. E até amanhã pode mudar muita coisa, pode ficar meio a meio, vamos ver — relatou o Aureo.

DEPUTADOS AGUARDAM ORIENTAÇÃO DE PARTIDOS

Além de Pansera, os deputados Arolde de Oliveira (PSC-RJ) e Augusto Carvalho (SD-DF) se declararam ontem a favor da aceitação da denúncia. Enquanto André Abdon (PP-AP), Marco Tebaldi (PSDB-SC) e Alfredo Kaefer (PSL-PR) anunciaram votos contra a peça da PGR.

O deputado Augusto Carvalho (DF), do Solidariedade, foi um dos deputados que, ao contrário da maioria de sua bancada, responderam à enquete nesta terça-feira, declarando que votará pela aceitação da denúncia.

Procurados pela GLOBO nessa reta final que precede a votação, muitos parlamentares disseram já ter decidido o voto, mas aguardavam o resultado das conversas internas em suas bancadas para divulgar sua posição. Um deputado disse ao GLOBO que estava decidido sobre como iria votar mas como a pressão política era grande, preferia se preservar e só revelar seu voto em plenário.

Horas antes do início da sessão, previsto para às 9h desta quarta-feira, o placar da enquete do GLOBO é de 200 votos pela aceitação da denúncia, 115 contra, 73 indecisos e 124 parlamentares declarando que preferem não responder. Para que a denúncia seja aceita são necessários 342 votos à favor.
A votação da denúncia contra Temer
Processo precisa de pelo menos 342 deputados em plenário para ser votado
ABERTURA
QUESTÕES DE ORDEM
1
2
É possível que deputados apresentem indagações sobre o rito da reunião. Isto pode atrasar os trabalhos.
Está marcada para 9h. São necessários 51 deputados presentes na Câmara para dar início a sessão.
ORDEM DO DIA
RELATOR E DEFESA
3
4
Com os 52 deputados registrados, o tema da sessão começa a ser efetivamente analisado.
O relator Paulo Abi-Ackel e o presidente Temer (ou seu advogado) terão 25 minutos cada para se pronunciarem.
DEPUTADOS FALAM
PROCESSO DE VOTAÇÃO
5
6
Cada um tem 5 minutos. Após dois contras e dois a favor, poderá ser requerido o encerramento da discussão. Para isso são necessários 257 deputados na sessão.
São necessários pelo menos 342 deputados. Se este quórum não for atingido, outra sessão será convocada pelo presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ).
ORADORES PRÓ E CONTRA
CHAMADA NOMINAL PARA VOTAÇÃO
7
8
Dois oradores favoráveis ao parecer e dois contrários terão 5 minutos cada para argumentar sobre o voto. Líderes partidários podem orientar suas bancadas.
Os deputados serão chamados um a um e devem responder “sim” (pela aprovação do parecer da CCJ), “não” (pela rejeição) ou “abstenção” (para se abster).
CHAMADA DOS AUSENTES
PROCLAMAÇÃO DO RESULTADO
9
10
O presidente da Câmara repetirá a chamada dos ausentes, caso haja. Caso não responda, o parlamentar será considerado ausente.
O presidente da Casa proclamará o resultado. Se menos de 342 votarem não, rejeitando o parecer da CCJ, o caso é arquivado.
(*Estagiária, sob a supervisão de Paulo Celso Pereira)




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