Ex-presidente da República acusava Otávio Azevedo de mentir em depoimento ao TSE; executivo mudou versão ao falar sobre doações à campanha.
A Justiça Federal em Brasília arquivou uma representação da ex-presidente Dilma Rousseff que acusava o ex-presidente do grupo Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo de mentir à Justiça Eleitoral em depoimento sobre a campanha presidencial de 2014.
Em setembro do ano passado, o executivo da empreiteira disse que havia repassado propina de R$ 1 milhão ao PT para abastecer a campanha de Dilma. A doação, disse Azevedo à época, seria fruto de pressão para que a construtora repassasse 1% de propina de cada contrato com o governo federal.
Posteriormente, a defesa de Dilma enviou documento ao TSE no qual informou que a Andrade Gutierrez doou R$ 1 milhão à chapa por meio do PMDB. Segundo os advogados da ex-presidente, o montante foi depositado na conta de campanha do presidente Michel Temer, que, à época, era o candidato a vice de Dilma.
Em novo depoimento, em novembro do ano passado, Otávio Azevedo retificou suas declarações, negando pagamento de propina por parte da empresa à chapa formada por Dilma e Temer, alegando que havia se confundido na ocasião.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (3), o ex-dirigente da Andrade Gutierrez disse que a Justiça reconheceu que ele não mentiu e considerou que não houve intenção de prejudicar a ex-presidente.
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