Segundo PRF, trabalhadores bebiam água com indício de contaminação.
Despesas básicas como papel higiênico eram descontadas nos salários.
Uma operação de prevenção e combate ao trabalho escravo realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Superintendência Regional do Trabalho (SRT-MS) flagrou, por meio de denúncia anônima, 11 trabalhadores em condições análoga à escravidão em uma fazenda de pecuária em Bataguassu, a 322 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul, no sábado (28).
De acordo com o MPT, sete pessoas trabalhavam catando raízes e quatro construíam cercas. No local foi constatado que os trabalhadores eram submetidos a trabalho exaustivo, viviam sob coação e sistuação de vulnerabilidade, sendo que eles chegaram até a propriedade atraídos pela promessa de trabalho digno, como direitos trabalhistas garantidos.
Segundo a PRF, os trabalhadores estavam alojados em barracos e até bebiam água com indícios de contaminação por esgoto, fezes de animais e agrotóxicos usados na plantação. As pessoas ainda se alimentavam de animais silvestres, além de dividirem espaço com porcos, galinhas, ratos e rações de animais.
O pagamento dos trabalhadores, feito por meio de diárias, eram usados, segundo os responsáveis pela operação, para comprar materiais básicos de alimenação e higiene, como papel higiênico, sabões comercializados pelo contratante. As vítimas ainda relataram que os pagamentos das diárias eram feitos sob coação.
Os trabalhadores foram retirados da fazenda e estão em um hotel da cidade. As diárias estão sendo pagas pelo dono da fazenda. Apesar de terem sido constatadas diversas irregularidades, o caso ainda continuará a ser investigado para que haja a confirmação do trabalho análogo à escravidão, segundo o Ministério Público do Trabalho, o que implicará na autuado do proprietário da área.
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