Mandado de reintegração era para ser cumprido nesta quinta-feira (3).
14 escolas seguem ocupadas na região Centro-Oeste Paulista.
A reintegração de posse nas duas Escolas Estaduais Antônio Ferreira de Menezes e Luiz Castanho foi suspensa na manhã desta quinta-feira (3) após a liminar ter sido derrubada pelo Tribunal de Justiça. Oficiais de Justiça iriam cumprir durante o período da manhã os mandados de reintegração de posse dos dois prédios, mas houve um pedido por parte do Ministério Público, da Promotoria da Infância e da Juventude e da Defensoria Pública para que não ocorresse a reintegração. O motivo seria para que os alunos possam desocupar os prédios sem uso de força militar.
Já as outras duas escolas ocupadas na cidade, Escola Estadual Stela Machado e Escola Ayrton Busch, permanecem ocupadas até o início da tarde desta quarta-feira (2). Os oficiais ainda não haviam cumprido o mandado de reintegração de posse, mas a Procuradoria Geral do Estado já entrou com pedido.
Em Marília (SP), estudantes da Escola Estadual José Alfredo farão uma assembleia para decidir se desocupam ou não a escola. A dirigente propôs continuar com as aulas no período noturno caso os alunos aceitem deixar o prédio. Já a Escola Estadual Sylvia Ribeiro continua ocupada e não há previsão para saída dos alunos.
Desocupações
Em Agudos (SP), os alunos desocuparam o prédio nesta terça-feira (1) após a Justiça conceder uma liminar suspendendo o fechamento da Escola Estadual Padre Aquino. O pedido foi do Ministério Público e o juiz estabeleceu uma multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão e autoriza a escola a fazer a rematrícula dos alunos.
A Escola Estadual Antonieta Grassi Malatrasi, em Lençóis Paulista (SP), foi desocupada pelos estudantes na manhã do último domingo (29), conforme informou a dirigente de ensino. A escola foi ocupada no dia 20 de novembro por aproximadamente 60 estudantes, que são contrários à reorganização proposta pela Secretaria Estadual de Educação.
De acordo com a Diretoria de Ensino, a desocupação foi espontânea e por meio de um diálogo entre os funcionários da escola e os alunos. Não houve reintegração de posse e, ainda segundo a Diretoria, não houve confusão.
A escola Alfredo Pujol, de Pirajuí, foi ocupada na terça-feira (1), mas o movimento terminou na manhã desta quarta-feira. A escola foi liberada pelos alunos.
Reunião em Assis
Em Assis (SP), a Justiça também determinou a reintegração na escola Clybas Pinto Ferraz, mas os estudantes pediram uma audiência antes de cumprir a determinação.
Durante a audiência, o Ministério Público propôs aos estudantes entrar com uma ação civil contra o Estado pedindo a suspensão das mudanças no ensino na cidade, desde que eles saíssem até a próxima sexta-feira do prédio. Os estudantes aceitaram a proposta, mas pediram um prazo maior para a desocupação. Agora, ela deve acontecer 24 horas depois que a Justiça receber a ação civil.
Mais ocupações
Outras nove escolas permanecem ocupadas na região Centro-Oeste Paulista. No fim de semana, a escola Professor Carlos Alberto de Oliveira, de Assis, foi ocupada. A dirigente de ensino de Assis, Leide Célia Correia, confirmou que a unidade foi ocupada por 15 pessoas e que todos os cadeados foram trocados.
A Escola Estadual Professora Iracema de Oliveira, em Ibitinga (SP), foi ocupada na tarde desta sexta-feira (27) por um grupo de 30 estudantes. Os alunos colocaram faixas e cartazes pela instituição e protestam contra o fechamento do estabelecimento de ensino. Uma equipe policial foi acionada e a manifestação segue pacífica.
Ainda nesta sexta-feira (27), alunos da Escola Estadual Dalton Morato Villas, localizada no bairro Vila Santa Maria, em Ourinhos (SP), colocaram faixas no prédio. A Polícia Militar foi acionada e a manifestação segue pacífica.
Outras duas escolas também continuam ocupadas no município. Na quinta-feira (26), a escola Justina Gonçalves de Oliveira, na Vila São Francisco, também conta com estudantes no local. A escola Maria do Carmo, que fica no jardim Matilde, foi ocupada por 100 alunos em protesto ao projeto de reestruturação, que a partir de 2016, fará com que o prédio passe a abrigar somente estudantes do ensino médio.
Na cidade de Marília, aproximadamente 100 estudantes ocuparam o prédio da escola José Alfredo de Almeida na quinta-feira (19) e cerca de 200 estudantes também ocuparam a Escola Estadual Professora Sylvia Ribeiro de Carvalho. Uma equipe policial foi acionada e houve uma pequena confusão entre policiais militares e os estudantes no primeiro dia da ocupação na escola Sylvia Ribeiro.
De acordo com a Polícia Militar, equipes foram acionadas pela direção para tirar alunos e outros manifestantes que fecharam a entrada da escola armados de madeiras e restos de entulho. No local, a direção da escola informou aos policiais quem eram os manifestantes que não faziam parte da unidade e solicitou que eles fossem retirados do pátio.
Ainda segundo a polícia, os manifestantes atacaram os policiais com os pedaços de madeira. Os militares retiraram os jovens indicados pela direção da escola e os encaminharam para a Central de Polícia Judiciária. O protesto segue pacífico.
Em Assis, aproximadamente 70 estudantes ocupam o prédio da Escola Estadual Doutor Clybas Pinto Ferraz desde a noite de quarta-feira (18). Com faixas e cartazes, eles reivindicam contra a reorganização. Apenas os professores a favor do movimento podem entrar no local.
Em Cândido Mota, estudantes ocuparam a Escola Estadual Rachid Jabur na manhã desta segunda-feira (23) e protestam com faixas e cartazes. A manifestação segue pacífica.
Em Lins, cerca de 200 alunos ocuparam o prédio da Escola Estadual 21 de Abril, que fica na área central. Os estudantes protestam contra reorganização que fará com que o estabelecimento de ensino não tenha mais o Ensino Médio. Na quinta-feira, alguns estudantes protestaram em frente à Delegacia de Ensino e à Câmara dos Vereadores.
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