Dos 21 mandados de prisão, oito foram cumpridos em presídios.
Ao todo, foram apreendidas oito toneladas de maconha na operação.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público iniciou na madrugada desta quinta-feira (27) uma operação para prender uma quadrilha suspeita de usar carros de luxo para transportar drogas do Paraguai para Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Estão sendo cumpridos 21 mandados de prisão, 15 de busca e apreensão e 8 de sequestro de bens.
De acordo com o Ministério Público, dos 21 mandados de prisão desta quinta, oito foram cumpridos em penitenciárias: quatro no presídio de Amambaí (MS), um em uma penitenciária feminina localizada no estado de Goiás, um na penitenciária de Dourados (MS), um na penitenciária em Aparecida de Goiânia (GO), e um no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, em São Paulo.
Segundo o promotor Marcos Alex Oliveira, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Mato Grosso do Sul, onze mandados foram cumpridos no estado, no total.
A investigação da polícia começou há oito meses. Durante as investigações, outras 20 pessoas foram presas. Ao todo, foram apreendidas oito toneladas de maconha na operação. A cidade de Coronel Sapucaia (MS) era uma das portas de entrada da droga, que era vendida para todo o Brasil. Os bandidos estocavam a maconha em casas da cidade, e de Dourados (MS), município vizinho.
O transporte dos entorpecentes era feito em carros roubados em Goiás e São Paulo, onde eram abastecidos e levados até o Mato Grosso do Sul. Segundo investigadores, alguns carros também eram levados em caminhões cegonha, misturados a outros veículos, para não levantar suspeitas. Uma característica da associação é que ela sempre usava veículos de luxo no transporte.
Nas estradas, a quadrilha mantinha olheiros que avisavam os motoristas que viajavam com a maconha se havia polícia por perto. Já a logística dos carros que transportavam a droga, muitas vezes, era coordenada por pessoas que já estão presas. Os detentos negociavam tudo de dentro dos presídios, por celular.
Em escutas telefônicas, feitas com autorização da Justiça, os integrantes da quadrilha aparecem negociando armas. Um dos presos aparece em uma ligação telefônica fazendo planos com o lucro do tráfico de drogas:
Detento: Quero sair da cadeia e sair com pelos menos uns R$ 500 mil.
Mulher: Eu tô ligada.
Detento: Daqui a dez dias, eu estou na rua. Eu não vou mais morar no Brasil, não.
Mulher: Quer morar onde, amigo?
Detento: Vou morar em outro paisinho, aí. Já está tudo acertado. Já comprei casa pra lá.
Segundo a polícia, durante as investigações, cerca de oito toneladas de maconha foram apreendidas. Os envolvidos nos crimes publicavam fotos de veículos de luxo em redes sociais.
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