'Vimos um homem uniformizado cortando cockpit com uma serra', afirmou.
Motivo pode ter sido procura por restos mortais, ressalvou.
O porta-voz da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Michael Bociurkiw, disse que partes grandes dos destroços do avião da Malaysian Airlines, que caiu na semana passada no leste da Ucrânia, foram cortados com uma serra.
Segundo Bociurkiw, os destroços aparentam estar diferentes do que há alguns dias. A OSCE tem mediadores presentes no local da queda do avião.
“Vimos um homem uniformizado cortando a parte do cockpit com uma serra poderosa”, disse em entrevista à Radio New Zealand.
De acordo com Bociurkiw, os observadores da organização vão verificar se os destroços foram movidos. “Estamos de olho nisso, vendo a fuselagem agora em comparação a como estava no primeiro dia. E notamos algumas diferenças”, disse à Associated Press.
O porta-voz disse que não se pode tirar conclusões precipitadas, porque há a possibilidade de que as partes da fuselagem tenham sido mexidas e serradas para procurar restos mortais das vítimas.
Restos humanos
Bociurkiw também afirmou nesta terça-feira que ainda há restos humanos no local de queda do avião, apesar de os esforços de recolhimento parecerem ter terminado.
"Nós observamos a presença de partes menores de corpos no local", disse um porta-voz da OSCE, Michael Bociurkiw, em entrevista à imprensa em Donetsk. "Nós não observamos nenhuma atividade de recolhimento (de corpos) no lugar."
Bociurkiw disse que seu grupo viu um saco plástico com alguns restos humanos deixados para trás, enquanto peritos da Malásia perceberam um cheiro forte indicando a provável presença de mais restos mortais em outro local.
Identificação
Uma equipe da Interpol (polícia internacional) começou nesta terça-feira (22) a identificar as vítimas do voo MH17. Os corpos recuperados até agora foram transportados de Donetsk em vagões refrigerados para a cidade de Kharkiv, onde está a equipe de resposta a incidentes da Interpol.
Assim que as análises forem terminadas os corpos serão transportados em um avião militar Hercules C130 para a Holanda, onde maiores identificações serão feitas. Mais cedo, o governo da Holanda afirmou que os primeiros restos mortais devem chegar ao país já nesta quarta-feira (23).
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, "decretou que quarta-feira, 23 de julho de 2014, será um dia de luto nacional", indicou em um comunicado o Departamento de Justiça, ressaltando que a aterrissagem dos aviões transportando os corpos seria marcada por um minuto de silêncio em todo o país.
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