Ana Paula Maciel diz estar satisfeita com o resultado de ensaio de 6h.
Bióloga diz que revista é só mais um trabalho para levar sua mensagem.
Ansiosa para ver suas fotos publicadas na revista Playboy de abril, a ativista gaúcha Ana Paula Maciel diz estar satisfeita com o resultado do ensaio feito em meio à natureza. Ela quer usar o cachê para construir um santuário para animais. As imagens foram feitas no dia 22 de março pelo fotógrafo André Sanseveriano, em Cotia, no interior de São Paulo.
“Fazer em uma reserva foi fantástico. Gostei muito. O resultado foi o esperado, não tem muito o que tirar nem o que botar. Mas posso dizer que a foto de capa ficou linda", diz ao G1 a ambientalista que ficou conhecida por ter sido presa na Rússia com outras 29 pessoas após um protesto no Ártico em um navio do Greenpeace. A revista deve chegar às bancas na próxima terça-feira (8).
Segundo Ana Paula, o ensaio durou cerca de 6h em um local de mata virgem. Apesar de ter achado bonitas as fotos, a bióloga procura manter os pés no chão. “Ser capa da Playboy é só mais um evento extraordinário na minha vida normal. As pessoas me param na rua como se fosse extraordinária. Sou só uma pessoa que se importa”, lembra.
Além do cachê, que ela não revela, Ana Paula contará com a renda de outros projetos para financiar o santuário. Entre as iniciativas, estão palestras em empresas, onde conta a sua história como ativista, e um livro sobre a experiência na Rússia, que pretende lançar até o início de 2015. Um projeto de preservação em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, está previsto para os próximos meses.
“Assim como a Ana Paula não nasceu na Rússia, ela também não nasceu na Playboy. Sou ativista há 10 anos. Este é só mais um trabalho para alcançar as pessoas com a mensagem da importância da proteção ambiental”, avalia a ativista, que garante que não trabalha apenas com o Greenpeace . “Sempre fui muito ocupada com as questões ambientais”, completou.
Na edição de março, uma foto da gaúcha de biquíni já havia sido publicada na revista. Na ocasião, o ensaio foi realizado em Maringá, no Paraná.
A ativista ficou presa na Rússia durante pouco mais de dois meses ao lado de outros membros do Greenpeace após um protesto no Ártico. Da ONG, só recebeu a orientação de deixar claro que se tratava de um projeto pessoal e não da organização.
No dia 19 de setembro, 28 ativistas e dois jornalistas que acompanhavam o grupo foram presos após membros da organização ambiental tentarem escalar uma plataforma da Gazprom para protestar contra a exploração de petróleo do Ártico. Eles foram surpreendidos pela polícia russa, que prendeu toda a tripulação do navio Arctic Sunrise. A embarcação também foi apreendida.
O grupo permaneceu detido durante dois meses, primeiro sob a acusação de pirataria e, em seguida, sob a acusação de vandalismo. Em novembro, eles receberam o direito de responder ao processo em liberdade mediante pagamento de fiança. Desde então, estavam livres na cidade de São Petersburgo, mas sem poder deixar o país. Todos os ativistas já foram soltos.
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