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domingo, 19 de maio de 2013

Cidinha aprendeu a cozinhar e se tornou uma das maiores quituteiras da região


Mesmo doente, ela mantém os planos de crescimento profissional e conta com a ajuda da família, que a apoia desde o começo


Popularmente conhecida como “Cidinha”, a salgadeira que se casou sem saber cozinhar prova que o destino dá voltas. Ela, que não sabia fazer arroz e que ficou uma semana preparando o mesmo prato para o marido, hoje domina a culinária com prazer, seja durante o trabalho ou em seus momentos de folga.
Aos 54 anos, Maria Aparecida Trojillo Tomiazzi conta o que fez para ser um dos nomes mais fortes no ramo de festas em Presidente Prudente: “tem que ser família”. Ela, que tem como colegas de trabalho o marido e a filha, alimenta também nos outros funcionários o espírito da união. “Somos muito unidos, nos reunimos aos finais de semana, fazemos festa, e é assim que o trabalho vai para frente, nos respeitamos e nos gostamos muito”, ressalta Cidinha.
Segundo a empresária, tudo começou em uma edícula nos fundos da casa de sua sogra. Com um fogão simples, uma geladeira convencional e depois de alguns cursos de culinária, Cidinha passou a fazer salgados e bolos para vender em bancos e comércios no Centro. “Eu conversava com o gerente para poder ir ao banco vender e ele liberava, eu já tinha meus clientes fixos e era assim que vendia”, relata.
Sem telefone próprio, ela recebia pedidos através do aparelho da mãe de seu marido. “Muita gente ajudou como podia na época e nossa maior propaganda era o ‘boca a boca”. Conforme Cidinha, quem comia os bolos e salgados passava a sugestão para frente e assim ela fazia sua fama.
Cada vez com mais pedidos, o negócio informal começou a crescer sem que ela ao menos tivesse planejado. “Foi quando comecei a contratar pessoas para me ajudar, ainda na edícula. Cheguei a ter dez funcionários naquela época e, por ter dado tão certo, compramos um terreno e construí um espaço separado da casa para poder trabalhar melhor”, recorda.
Na época, o marido da empresária, que trabalhava como policial militar, deixou o ofício para se dedicar ao negócio da família. Além dele, a única filha do casal também herdou a profissão da mãe e passou a ajudá-la. “Desde criança minha filha ajudava. Aos dez anos ela já ia às festas para fritar os salgados. Eu ficava morrendo de medo, mas graças a Deus nunca aconteceu nada”, conta.
Hoje, seus salgados e doces são distribuídos em buffets, restaurantes, bares e festas de Prudente e também da região. No entanto, em meio ao sucesso, a empresária teve sua saúde abalada. Portadora de diabetes, Cidinha revela que deixou de cuidar da alimentação e que, por isso, nos últimos anos, passou a ter problemas na visão.
A empresária, que já passou por quatro cirurgias e ainda permanece em tratamento, perdeu a visão do olho direito. No entanto, nada a impede de continuar trabalhando. “Quando tenho consulta, pergunto ao médico se posso trabalhar. Se ele autorizar, estou liberada para trabalhar, não tenho preguiça, não é isso que vai me fazer parar, mas agora estou me cuidando mais”, assume.
Cidinha não perde o sorriso no rosto, a vontade de trabalhar e fazer seu negócio crescer ainda mais. “Ainda tenho um sonho, quem sabe de fazer da empresa uma franquia. Se nosso produto é bom, de qualidade, porque não?”. 

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