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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Solidário a servidores, Obama corta seu próprio salário nos EUA


Em ato simbólico, presidente vai devolver US$ 20 mil num ano.
Redução voluntária é retroativa ao início do 'sequestro orçamentário'.


O presidente dos EUA, Barack Obama, pretende devolver aos cofres publicos 5% do seu salário, num gesto de solidariedade com funcionários públicos federais que terão de sair de licença não remunerada por causa de cortes orçamentários que entraram em vigor no mês passado.
A redução voluntária no salário presidencial é retroativa a 1º. de março, quando começou o chamado "sequestro orçamentário", e irá vigorar até o fim de dezembro, segundo uma fonte do governo.
Obama ganha US$ 400 mil por ano, cerca de R$ 800 mil.
Um porta-voz disse que o presidente decidiu abrir mão de 5%, ou US$ 20 mil, porque isso será semelhante aos cortes em órgãos públicos não ligados à defesa.
O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa nesta sexta-feira (29) em Miami, na Flórida (Foto: AFP)O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa em 29 de março em Miami, na Flórida (Foto: AFP)
"O presidente decidiu que, para partilhar essa parcela no sacrifício que está sendo feito por servidores públicos de todo o governo federal afetados pelo sequestro, ele irá contribuir com uma porção do seu salário, devolvendo-a ao Tesouro", disse o porta-voz Jay Carney a jornalistas que acompanhavam o presidente ao Colorado e à Califórnia.
Antes, o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, já havia anunciado que devolverá uma parcela do seu salário equivalente ao pagamento que funcionários civis do Pentágono deixarão de receber.
Hagel vai devolver o equivalente a 14 dias de salário, cerca de US$ 10.750, disse seu porta-voz na terça-feira.
A decisão de Obama foi originalmente noticiada pelo "New York Times".
O sequestro orçamentário de US$ 85 bilhões foi originalmente concebido para ser uma solução tão drástica que forçaria os políticos a buscarem outra solução para reduzir o trilionário déficit público dos EUA.
Mas Obama não cedeu na sua insistência em aumentar a arrecadação tributária para evitar os cortes, algo rejeitado pelos republicanos, que em janeiro já haviam aceitado relutantemente um aumento de impostos para os ricos.

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