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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Famílias com casas interditadas em Venceslau ainda estão sem destino


Desabamento de um imóvel no Bairro São Jorge comprometeu a estrutura das residências vizinhas há cerca de um mês


Cerca de um mês depois do desabamento da casa no Bairro São Jorge, em Presidente Venceslau, que matou uma mulher soterrada, as famílias que tiveram as casas interditadas ainda não sabem o que será feito sobre esse problema. Elas continuam em hotéis e em casa de parentes. Mas, a Prefeitura se prontificou a pagar o aluguel de um imóvel.
O laudo da perícia já devia ter saído no início deste mês. A Prefeitura diz que espera a conclusão desse documento para que possa tomar providências, já que não pode entrar na área interditada.
Há mais de um mês, uma moradora morreu soterrada depois que o chão do quarto cedeu enquanto ela e o marido dormiam. Moradias vizinhas também ficaram ameaçadas e foram interditadas pela Defesa Civil. Seis famílias foram levadas para um hotel ou casas de parentes.
Uma dessas famílias é a da dona de casa Verônica Maria Pedrosa, que está morando com a filha. Ela explica que já recebeu autorização para alugar uma residência, que vai ser custeada pelo município. Ainda assim, conta que não está sendo fácil aguentar a indefinição sobre o destino da casa dela.
“Estão esperando o laudo para verem o que vai ser feito. Nós não sabemos o que acontece por trás. Então, temos que esperar e ter paciência”, fala.
Mas, mesmo as famílias que não tiveram suas casas interditadas estão com medo. Segundo os moradores, com as chuvas dos últimos dias, a cratera tem aumentado, colocando em risco uma área ainda maior.
Todos os dias, Josefa Elza de Menezes usa uma escada para ver por cima do muro como está a situação da cratera. A casa dela não foi interditada, mas a demora por uma solução está deixando ela e a neta preocupadas.
“Tenho muito medo. Quando chove, nós não sabemos se dormimos ou se ficamos acordadas. Ficamos na sala com medo de desabar aqui também. O buraco está aumentando”, revela.
A Prefeitura Municipal afirma que tem monitorado a cratera, mas, que nenhuma ação pode ser tomada até que o local seja liberado pela Polícia Civil.
“Tão logo seja feita a conclusão da perícia técnica e a área seja liberada para maiores estudos, a Prefeitura irá, através de empresa especializada, fazer uma sondagem de solo para avaliar quais são os riscos que envolvem toda aquela área. Sobre os 30 dias, foi o prazo que a perícia pediu, então, nós precisamos respeitar”, explica o assessor de imprensa da Prefeitura de Presidente Venceslau, Wagner Bueno.
Para o trabalhador autônomo José João dos Santos, o proprietário da casa atingida, pouco resta a fazer a não ser esperar para saber se vai receber uma indenização, ou se alguma obra vai ser realizada para voltar a morar no local. Por enquanto, ele luta para superar a morte da esposa.
“Muita saudade. Não é fácil”, se emociona. 

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