'Sócios não têm direito a ressarcimento', afirma advogado do Meridional

Usuários afirmam não terem sido avisados do encerramento do clube, ocorrido no dia 1º de março

O encerramento das atividades do Meridional Praia Clube Ltda, de Presidente Prudente, no dia 1º de março, gerou reclamações de sócios do local, que alegam que não foram avisados antecipadamente do fechamento do clube e que, inclusive, chegaram a pagar mensalidades adiantadas, não sabendo se serão ressarcidos por isso.

Buscando resposta sobre a situação dessas pessoas, o iFronteira entrou em contato com o advogado da empresa, Teruo Miyashiro, que explicou que os cerca de 100 sócios que ainda pagavam mensalidade para utilizar as dependências do clube não terão direito ao ressarcimento.

“O que as pessoas estão confundindo é que desde a inauguração do Meridional, em 1984, os sócios tinham um contrato e adquiriam um título de usuário apenas. Diferente de outros clubes da cidade, que oferecem o título patrimonial. Ou seja, com o encerramento das atividades, eles não têm direito a parte do patrimônio, já que pagavam apenas para utilizar o espaço”, explica.

O advogado salienta que o ressarcimento está sendo feito apenas em casos específicos. “Só estamos ressarcindo os sócios que por algum motivo pagaram antecipadamente algumas mensalidades depois de março. Nesse caso, eles estão entrando em contato conosco, passando suas informações bancárias e o ressarcimento está sendo feito imediatamente”, garante.

Miyashiro revela ainda que o clube decidiu encerrar as atividades porque estava dando prejuízo aos donos.

“Infelizmente, os clubes sociais não têm tido o mesmo sucesso há muito tempo. O Meridional estava com no máximo 100 usuários pagantes e antes que começasse a criar dívidas, os donos resolveram encerrar as atividades. Esses sócios, que pagavam cerca de R$ 50 por mês, estão sendo avisados verbalmente sobre o encerramento das atividades desde o final do ano passado”, salienta.

A empresa Meridional Praia Clube Ltda não existe mais. Porém, o espaço físico já foi vendido para a Pauma Construções Ltda, pertencente ao empresário Paulo Constantino. A informação foi confirmada pelo iFronteira no início deste mês.

O advogado do clube não quis informar o valor que o local foi vendido e a Pauma não definiu ainda a destinação que será dada para o imóvel, mas há informações de que o local será utilizado para a contrução de um condomínio residencial.