Foram seis anos de uma relação de abusos que a jovem, hoje com 19 anos, quer esquecer. Com o padre Emilson Soares Corrêa, indiciado por estupro de vulnerável, a vítima resolveu falar sobre seu drama que começou aos 13 anos.
- Eu sentia nojo. Ele nunca deveria ter feito isso comigo. O pior é que ele mantinha relações sexuais comigo e depois celebrava missa, dava hóstia na boca dos outros - conta a jovem.
As relações começaram quando Emilson era pároco da igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, no Cubango, em Niterói. Depois, quando ela se mudou para a casa da mãe, em São Gonçalo, o padre também foi transferido para uma paróquia próxima, a Nossa Senhora do Amparo, no bairro Antonina.
Era na casa paroquial das duas igrejas que o padre abusava dela, sua afilhada de batismo. Para convencê-la a ficar com ele, o padre oferecia presentes:
- Logo depois do meu batizado, quando eu tinha 13 anos, ele começou os abusos. Passava a mão no meu corpo, me oferecia vários presentes, tomávamos banhos juntos... O ato sexual começou quando eu tinha uns 15,16 anos. Ele dizia que ia me dar uma moto, depois um carro, arrumou a minha casa...
Padre é indiciado por abuso de menina de 7 anos
Emilson Soares Corrêa foi indiciado pelo estupro da irmã da jovem que decidiu desabafar. A menina, hoje com 10 anos, foi abusada quando tinha 7 anos.
O EXTRA teve acesso a um vídeo, feito pela vítima mais velha, que mostra Emilson fazendo sexo com uma adolescente em plena casa paroquial. Segundo a vítima, que armou a situação para denunciar o padre, a garota teria 15 anos.
A denúncia foi levada à delegacia pelo pai das meninas. Segundo ele, foi sua ex-mulher que flagrou a filha mais velha discutindo com o padre. Na ocasião, ela revelou à mãe que se relacionava sexualmente com o padrinho.
- Quando soube que minha filha mais velha estava sendo abusada, perguntei à mais nova se havia ocorrido algo com ela. Ela disse que durante um passeio a um sítio, quando tinha sete anos, o padre tocou em sua partes íntimas - contou ele.
Sacerdote é suspenso pela Arquidiocese
Diante da denúncia, a Arquidiocese de Niterói informa que decidiu pela "suspensão temporária do sacerdote". Atualmente, o padre não é responsável por nenhuma paróquia. O órgão também alegou, em nota, que a acusação está sendo investigada e que "o próprio sacerdote levou a denúncia ao conhecimento do Ministério Público, para que apure a veracidade ou não da mesma".
A delegada Marta Dominguez disse que só aguarda um depoimento do pai das vítimas para encerrar o inquérito. O padre foi procurado em quatro números de telefone - inclusive aqueles citados em seu depoimento - mas não foi encontrado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!