Atriz de 19 anos, que faz faculdade para 'ter um plano B', começou cedo na carreira artísica: 'Meu pai tinha receio porque eu era muito novinha'
Arrasando na pele de Fatinha em Malhação, Juliana Paiva está agradando meninos e meninas de todas as idades. Os garotos babam pela periguete e sonham com uma garota tão descolada como Fatinha na escola. Já as meninas ficam atentas ao figurino da gata, que é ousada, mas sem ser vulgar demais. E os mais velhos não cansam de elogiar o trabalho bem feito da atriz de 19 anos.
Apesar da naturalidade com que interpreta, se engana quem acha que Juliana é parecida com Fatinha. A atriz é bem mais recatada que a periguete. “Tenho uma essência romântica, não ando normalmente de barriga de fora, não uso batom forte. Mas sei que a personagem pede isso e estou curtindo essa fase”, conta.
Quer conhecer mais um pouquinho da Juliana? Confira o bate-papo com a atriz!
A Fatinha tem um relacionamento superconturbado com a família. Como é a sua relação com seus pais?
Lá em casa não tem tabu. A gente conversa sobre tudo mesmo. Falamos do trabalho e recebo críticas e elogios. Eu pergunto ‘O que vocês acharam? De verdade’ e não falam que está tudo certo porque sou filha deles. Eles falam e a gente troca. Eu sou muito bem resolvida com qualquer tipo de questão. Falo abertamente porque tive uma base de criação muito bacana. Meus pais já passaram por todas essas experiências que eu estou passando. E se eles falam ‘Ju, acho que você não deve fazer isso', mas eu discordo, falo: ‘Ah, mas deixa eu quebrar a cara também. Deixa eu viver isso’.
Eles te deram força para seguir a carreira artística?
Meu pai foi modelo, trabalhou com a Xuxa e a Luiza Brunnet e tinha um pouco de receio porque eu era muito novinha e sempre fui muito abordada por agências. Tentei entrar para esse mundo com 10, 11 anos. Ele tinha medo porque é muita gente querendo a mesma coisa, se você não tiver uma base bacana, o pezinho sai do chão mesmo. Agora, entendo esse cuidado que ele teve e acho que valeu a pena. Às vezes, vejo o pessoal da nossa idade se deslumbrando muito fácil e não é assim. Se a luz acabou é porque acabou mesmo. É um trabalho como outro qualquer. O meu pai fala: ‘Você pode entrar no elevador com um médico que acabou de salvar a vida de uma pessoa, mas ninguém o reconhece por isso. Mas as pessoas te reconhecem porque você apareceu na TV’. A gente tem que ter essa dimensão na nossa cabeça e eu acho que a conversa e o diálogo em casa são fundamentais.
Você faz faculdade?
Eu faço faculdade de Publicidade e Propaganda. Está mais difícil por conta das gravações, mas eu tento. Não quero largar os estudos. É o plano B. O que eu gosto mesmo é de atuar, é a minha paixão. Mas a gente tem que estar preparado.
Você faria um ensaio de fotos sensual ou cenas de nudez?
Não me vejo de jeito nenhum fazendo ensaios sensuais. Já me perguntaram sobre cenas de nudez, não sei. Eu não consigo. Tem que ter uma maturidade muito grande e eu admiro muito as atrizes que conseguem se desprender facilmente. Mas eu ainda não consigo me enxergar fazendo esse tipo de papel.
Você é romântica? Já chegou em algum garoto?
Nunca cheguei em nenhum menino. Eu gosto muito do jogo da conquista. Um dos grandes prazeres de ser mulher é ser conquistada. Eu olho para a Fatinha e vejo um menino. Ela chega mesmo, arma situações. Então eu tive que me desprender dos meus pudores para dar espaço para a Fatinha.
Você e a Fatinha têm algo em comum?
Talvez nessa fase romântica dela eu me descubra um pouco mais. Mas a Fatinha não sabe lidar com essa relação com o Bruno (personagem de Rodrigo Simas). Quando ela vira para o Bruno e diz ‘Eu topo do jeito que for’, aí não sou eu nem um pouco. Para uma relação ser bacana, tudo tem que estar bem entendido para as duas partes. Eles estão em momentos diferentes. Para mim, não serve.
Como foi receber elogios do Artur Xexéo (colunista de cultura do jornal O Globo)?
Foi incrível, incrível. Eu estava dormindo e a minha mãe me acordou e falou: ‘Ju, você não sabe o que está acontecendo. O Artur Xexéo escreveu para você no Jornal O Globo e eu tô indo lá embaixo comprar o jornal agora!”. Quando eu li, fiquei emocionada. Poxa, que bacana ele ter escrito isso. Sinal que está dando certo mesmo. E depois eu conversei com as autoras também. É bom saber que está indo pelo caminho que elas imaginavam. Eu tô muito feliz de verdade. Vai ser uma personagem inesquecível para mim.
Como é o retorno do público?
Eu tô achando muito legal a repercussão da personagem. O público gosta de falar, torcer pela personagem, pelo romance, mostrar que está assistindo mesmo. É uma delícia ouvir isso porque é uma resposta para o nosso trabalho. Às vezes, nem tem foto. Ele só querem dar um abraço. É muito legal.
E quais são seus palpites para o futuro da Fatinha?
Tem muita água para rolar ainda. O público fica esperando o que a Fatinha vai aprontar desta vez e eu me divirto muito. Chegar capítulo novo para mim é motivo de festa. Eu leio na mesma hora que chega. Acho importante mostrar a Fatinha na escola também. Como ela vai se dar bem no colégio? A personagem mudou muito desde o início da trama e você vê até uma maturidade dela. Conforme o tempo vai passando na novela, ela também vai amadurecendo. Agora ela trabalha, está com a cabeça mais no lugar e isso dá um peso para a personagem.
Agradecimentos: Zinzi, Karamello, Jorge Bischoff, Fiszpan, Favela Hype, Zimpy, Fill Sete, Diversa e Lessô, Contacto Assessoria e Barraca do Pepê
Stylist: Júlia Cavalcanti
Maquiagem: Camila Coelho
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