Autarquia não aceitou propostas do TST e audiência com ministros deve acontecer nessa quinta-feira (27)
Dos 200 funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) das unidades de Presidente Prudente, apenas oito, o equivalente a 4%, aderiram à greve nacional que atinge 24 Estados e o Distrito Federal.
Com a pequena adesão, a entrega de correspondência não foi afetada, de acordo com o delegado sindical da cidade, Vanderlei Aparecido dos Santos. “Apenas alguns serviços do Sedex estão parados, mas é por conta da paralisação que ocorre no país”, explica.
Santos afirma que a greve não chegou na região por conta de decisões internas do Sindicato da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares de Bauru e Região (Sindecteb), que coordena as ações no Oeste Paulista. “Faltou tempo hábil e focamos nas ações na cidade-sede, com piquetes em alguns municípios”, justifica.
Nesta terça-feira (25), os Correios e representantes dos funcionários não chegaram a um acordo sobre o reajuste dos empregados durante audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A empresa aceitou dar um aumento de 5,2% para todos os trabalhadores, mas rejeitou o aumento linear de R$ 80 que havia sido proposto pelo TST.
A autarquia justificou que o acréscimo salarial resultaria em aumento de R$ 323 milhões anuais na folha de pagamento, além de poder gerar a insatisfação de trabalhadores antigos, desnível para categorias de nível técnico e riscos judiciais.
“A empresa está agindo de forma truculenta e intransigente”, critica o delegado sindical da região.
Agora, eles esperam o julgamento do dissídio coletivo pelo TST, que está marcado para esta quinta-feira (27), às 13h30, em Brasília. “Os trabalhos devem voltar ao normal na sexta-feira [28], porque sairá a determinação judicial com a sentença. E decisão judicial a gente tem que acatar”, diz.
Segundo os Correios, 11,7 mil funcionários estão em greve, o que representa 9,7% dos 120 mil funcionários da empresa. A maioria dos grevistas, mais de 10 mil, são carteiros. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), cujo sindicato regional não é ligado, estima que o percentual de adesão ao movimento está entre 40% e 50%.
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