Governo justifica que mudança é para não comprometer eficácia do contraceptivo, que precisa ser tomado em até 72 horas
O governo prevê mudanças na distribuição da pílula do dia seguinte pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente é necessário apresentar uma receita médica para receber o medicamento nos postos. Mas ainda neste mês, deverá ser publicado um protocolo que dispensará a exigência de receita. A justificativa do governo é que a espera pela receita pode colocar em risco a eficácia do uso do remédio.
A pílula do dia seguinte pode ser ingerida em dose única ou em dois comprimidos, sendo um logo após a relação sexual e o outro depois de 12 horas. O importante é saber que os dois tipos devem ser ingeridos em, no máximo, 72 horas. Quanto mais tempo demorar, menor a eficácia.
A pílula é composta pelo hormônio levonorgestrel que inibe a ovulação. Ele age antes que a gravidez ocorra e se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozoide com o óvulo.
Na farmácia de Gustavo Sarto, em Presidente Prudente, a venda de pílulas do dia seguinte vem crescendo. Segundo ele, de um ano pra cá, a procura dobrou.
Do tipo genérico, o medicamento custa R$ 7,14. Já com marcas, o preço da pílula do dia seguinte pode variar entre R$ 15 e R$ 23,80.
“A procura tem aumentado no dia a dia. Parece que as pessoas esquecem de usar um preservativo e isso está aumentando a procura espontânea”, afirma Sarto.
Só no ano passado, com a receita, foram distribuídos 770 mil medicamentos desse tipo. Ao ingerir a pílula, a mulher pode ter reações adversas como náuseas e vômitos, dores de cabeça, tontura, dores pelo corpo, falta de ar, desmaios ou aumento da pressão arterial.
Por enquanto, a receita médica ainda é exigida nos postos e Unidades Básicas de Saúde e também nas farmácias. A nova regra só deverá valer quando o Ministério da Saúde publicar o protocolo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!