Muitas pessoas aproveitam para transferir pontos de cartões para milhas aéreas
A maioria das pessoas que fazem compras com o cartão de crédito sabe que em toda fatura terá acúmulo de pontos que podem ser trocados por prêmios ou até por passagens aéreas. Mas é preciso cuidado para não se empolgar com essa compensação e acabar gastando em excesso.
A fisioterapeuta Lia Batista Tokinaga tem procurado controlar os gastos, mas nem sempre foi assim. Quando descobriu que as compras pelo cartão de crédito acumulavam pontos e que poderiam ser trocados por produtos, ela resolveu aproveitar.
Ela conta que atualmente usa o cartão só em caso de necessidade, mas continua aproveitando as vantagens. Em dois anos, a fisioterapeuta já trocou os pontos por telefone, panela de arroz, brinquedos e jogos para os filhos.
“Antes eu ficava empolgada. Agora eu não penso somente nos pontos, penso na minha situação financeira, nas coisas que eu realmente estou precisando”, fala.
Assim como Lia, muitas pessoas também aproveitam para transferir pontos de cartões para milhas aéreas. Em uma agência de turismo de Presidente Prudente, 20% dos pacotes comercializados mensalmente são de clientes que já adquiriram passagens através dos pontos.
Uma viagem para a América do Sul, o destino mais procurado, custa 20 mil milhas, segundo a agente de turismo Vânia Cordeiro. Ela salienta que é bom não se esquecer da validade dos pontos, pois um levantamento do Banco Central mostra que os brasileiros perderam em um ano mais de 100 bilhões de pontos nos programas de recompensa dos cartões de crédito. Com esse tipo de crédito seria possível economizar até 30% num pacote de viagem.
“Quando você adquire um pacote, por exemplo, para o nordeste, o aéreo significa de 25% a 30% do valor inteiro. A pessoa usando este benefício vai baratear o pacote e facilitar uma viagem para qualquer destino que ela tenha se programado”, explica.
Apesar de ser um negócio atraente, o economista Valério Zago Marassi diz que todo cuidado é pouco e orienta que o consumidor não pode ficar refém desses programas.
“Todo gasto que a pessoa faz porque é necessário, tem a vantagem de que ele vai ganhar alguma coisa em troca. O que é ruim são as pessoas gastarem o dinheiro sem necessidade. Para quem usa o cartão e é viajante, isso gera benefícios. Agora, para muitas pessoas que não usam esses pontos, é ilusório”, argumenta.
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