Translate

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Apas vai à Justiça para derrubar lei que obriga sacolinhas biodegradáveis


Associação vê inconstitucionalidade na legislação, mas promete manter distribuição até decisão judicial


A Associação Paulista dos Supermercados (Apas) cumpriu o que prometeu e entrou na Justiça contra a lei criada em Presidente Prudente que obriga os supermercados e estabelecimentos do gênero a distribuírem gratuitamente sacolas biodegradáveis ou retornáveis aos consumidores.
A medida foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito. Depois, virou lei em Prudente no último dia 25 de maio, quando foi publicada em atos oficiais.
Três dias depois, a Apas entrou com a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Tribunal de Justiça, que foi distribuída ao Órgão e Câmara Especial, com o desembargador Ribeiro da Silva, que vai relatar o caso.
A associação pede uma limiar para "adiantar" a derrubada da lei. "A expectativa é ganhar a causa e retomar a campanha, porque, conforme alega o jurídico, a Câmara não tem competência para legislar sobre este assunto e apenas uma lei estadual poderia definir este tema", explica o diretor regional da Apas Pedro Nicoluci, lembrando que em Mirassol, São José do Rio Preto e Franca, os supermecados pararam de distribuir as sacolas após lei municipal e depois o julgamento da Adin foi favorável à associação.
Enquanto a decisão não sai, os supermercados continuam se adequando à lei e distribuindo as sacolas biodegradáveis. "A sacola é diferente das que distrubuíamos antes [as plásticas], então alguns estabelecimentos ainda estão comprando as biodegradáveis. Mas estamos obedecendo a lei e aproveitando para conscientizar o consumidor, lembrando que ele pode levar as compras em sacolas retornáveis", diz. De acordo com ele, as novas sacolas custam até seis vezes mais que as outras e o valor deve ser repassado aos consumidores.
Questionado sobre o apoio da Câmara Municipal e da Prefeitura no começo da campanha para acabar com a sacola plástica, ele se esquiva. "Eles participaram de reuniões e do trabalho de conscientização, mas voltaram atrás dizendo que foi um pedido da população. Mas prefiro não polemizar este assunto", pede.
Um dos autores do projeto que deu origem à lei, o vereador Izaque Silva (PSDB), prefere esperar o julgamento da Justiça. “Vou aguardar, mas continuo defendendo a lei com toda a força, porque seria muito ruim para o consumidor a derrubada dela. Até porque foi visando a proteção dos direitos dos consumidores que propusemos a lei”, diz.
Além dele, o correligionário Natanael Gonzaga foi outro autor da proposta, que depois recebeu apoio e assinatura de mais sete parlamentares.
A lei
Quando a lei foi publicada, a Prefeitura, responsável pela fiscalização através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedepp), informou que daria 15 dias para os estabelecimentos se adequarem. Esta semana, o iFronteira informou que parte deles já cumpria a medida.
A lei prevê advertência seguida de multa de R$ 249,81 para quem descumpri-la. Depois a autuação é dobrada e, numa quarta reincidência, pode ocorrer a suspensão do alvará de funcionamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!

Casa Branca confirma morte de filho de Osama bin Laden

Hamza bin Laden, também era conhecido como 'príncipe-herdeiro da Jihad'. Operação que o matou aconteceu entre o Afeganistão e o P...