Pesquisa revela que 34% delas sofrem abuso sexual e 22% são exploradas sexualmente
Crianças do sexo feminino entre 1 e 12 anos são as principais vítimas de violência em Presidente Prudente. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo curso de Serviço Social das Faculdades Integradas Toledo e a Prefeitura local, utilizando dados do Centro de Referência de Assistência Social referentes ao último semestre de 2011.
O levantamento revela que crianças de até 12 anos, independente do sexo, representam 71% das vítimas. A maioria delas sofrem violência doméstica (46%) ou familiar (12%). Alguns ainda relataram sofrer os dois tipos (5%) ou serem agredidas de outra forma (37%). Do total de atendimentos do centro, 73% são meninas.
“A razão do sexo feminino ser o mais submetido à violência está diretamente ligada a questões culturais, sociais e econômicas, pois as mulheres são inferiorizadas desde a infância”, explica uma das pesquisadoras, Giovana Aglio de Oliveira.
O abuso infantil, aponta o levantamento, ocorre mais em crianças em razão de elas serem mais vulneráveis e terem dificuldades em resistir à agressão. “A residência é o local onde as crianças mais padecem esse tipo de violência e essa ação não está relacionada apenas à pobreza”, ressalta.
Das crianças violentadas, de acordo com o estudo, 34% sofrem abuso sexual, 22 % são exploradas sexualmente e 15% têm os pais omissos e são rejeitadas e tratadas com descaso e indiferença por eles.
Recentemente o iFronteira noticiou que de 2011 até maio deste ano já são 243 ocorrências de violência infantil na cidade, sendo que 94 delas estão relacionados à violência sexual, de acordo com o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas).
“Somente de janeiro a maio deste ano estamos com cerca de 50 casos. É pouco, mas não porque os casos estão diminuindo, e sim porque as pessoas não estão denunciando. Acreditamos que existem muito mais crianças sendo abusadas e não tivemos conhecimento ainda”, disse a coordenadora do centro, Andreia Almeida.
Denúncias de casos de violência contra a criança e o adolescente podem ser feitas no Conselho Tutelar.
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