Condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
(TJ-SP) com a perda dos direitos políticos pelos próximos três anos, o
ex-prefeito de Presidente Venceslau, Osvaldo Ferreira Melo, promete recorrer da
decisão. Acusado pelo Ministério Público (MP) de improbidade administrativa por
contratação irregular de servidores, Melo ameaça acionar judicialmente o Estado
caso a condenação prevaleça.
"A decisão não é definitiva e já estamos recorrendo,
inclusive meus advogados já estão reunindo documentos e material para o recurso
cujo prazo nem começou a contar. Todo processo que culminou com a contratação
dos funcionários foi uma orientação que recebi do próprio Governo do
Estado", alega.
Nesta semana, a 12ª Câmara negou o recurso de Melo
ratificando a condenação em primeira instância da 3ª Vara Cível de Venceslau. A
ação civil pública aponta ocorrência de improbidade administrativa na
contratação de servidores públicos sem concurso no período de 2001 e 2002. A
prática provocou uma CEI (Comissão Especial de Investigação), na Câmara
Municipal de Presidente Venceslau, cujas denúncias foram acatadas pelo MP.
As contratações, segundo Melo, foram feitas por conta do
consórcio intermunicipal “pró-estrada” do Pontal do Paranapanema. "Quando
esteve em Venceslau para sorteio de casas populares, o então governador Geraldo
Alckmin pediu para que os prefeitos se unissem e formassem um consórcio de
máquinas agrícolas para que pudessem dar manutenção e perenizassem as estradas
rurais da região. Demonstramos no processo que foi a própria Codasp (Companhia
de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo) quem treinou e classificou os cinco
funcionários que foram contratados por tempo determinado para operarem as
máquinas do Consórcio Intermunicipal Pró-Estrada”, aponta.
"Havia necessidade de pessoal para operação dos
equipamentos novos adquiridos e as contratações se deram através de processo
seletivo, por recomendação do próprio Estado em provas práticas de campo
realizadas nas dependências da própria Codasp em Prudente”, afirma.
Ele promete acionar judicialmente o Estado caso a condenação
seja mantida. "Se a condenação for mantida, vou acionar na Justiça o
próprio Estado, que orientou os prefeitos para formalizarem as contratações dos
operadores daquela forma. Não cometi ato doloso algum, nem causei dano ao
erário público. Pelo contrário, graças ao consórcio de máquinas pudemos
melhorar visivelmente as condições das estradas rurais de todo o município”,
finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!