Seu Claudemir Neves mora em Campo Grande (MS). Quando viu o sequestro desta terça-feira (20), lembrou do que aconteceu com a filha e comentou que em nenhum dos casos, a situação terminou bem para os bandidos.
"Uma situação como essa, você não sabe como vai terminar", fala o empresário de Mato Grosso do Sul, Claudemir Neves, de 66 anos, que há 19 viveu a apreensão pela qual muitas pessoas passaram nesta terça-feira (20), com o sequestro do ônibus que saiu de São Gonçalo com destino ao Rio de Janeiro.
A filha do seu Claudemir foi uma das reféns do sequestro da linha de ônibus 174, Viação Amigos Unidos, no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro, no dia 12 de junho. Janaina Neves foi uma das passageiras que escreveu com batom no vidro frases ditadas pelo sequestrador.
O empresário viveu momentos de muita aflição com a filha na mira do bandido. Com a morte dele, se acalmou, e ao ver que o sequestrador do coletivo de hoje também foi morto, se questiona: "Como a pessoa consegue fazer uma mal desse, colocando a vida de pessoas em risco? É um péssimo negócio pro bandido fazer isso".
Segundo o pai, atualmente Janaina trabalha em uma multinacional, continua morando no Rio de Janeiro, fez terapia, teve um filho recentemente. "Ela tem uma vida pacata. E agente não pode nem pensar que vai acontecer alguma coisa porque ela continua lá. Pode acontecer com todo mundo e em qualquer lugar", fala Claudemir, se referindo ao fato de que ninguém está imune à violência urbana.
Resumo do sequestro desta terça-feira
- O sequestro foi anunciado às 5h26; pouco antes das 6h, o ônibus foi atravessado na pista sentido Rio da Ponte;
- O criminoso ameaçava incendiar o veículo;
- Seis pessoas foram liberadas, quatro mulheres - uma delas desmaiada - e dois homens;
- Às 9h04, o atirador desceu do ônibus e foi morto por um atirador de elite.
Sandro obrigou reféns a escrever mensagens na janela do ônibus — Foto: Rede Globo/Reprodução
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