Médico disse que teve que brigar algumas vezes com a paciente, diagnosticada com pressão alta e diabetes. Agora, ela faz questão de cuidar do filho e do neto recém-nascido.
Agora que o susto passou, o que a família mais quer é mostrar o Augusto, um menino super saudável que nasceu com 3,8 kg, há 2 dias, em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Da maternidade para casa, as visitas não param. Mas, no início, a costureira Norma Velasques, de 49 anos, conta que ficou muito assustada com a notícia. "Foi um choque muito grande, eu não queria aceitar a gravidez, principalmente quando soube que era de altíssimo risco", contou.
Norma conta que procurou o médico ao suspeitar de menopausa, em novembro do ano anterior. Ao contrário, após fazer alguns exames, ela descobriu que tinha engravidado, naturalmente. "Eu já estava me preparando para ser avó do Pedro, que é da minha filha mais velha, de 25 anos, quando soube e fiquei em pânico, muito assustado, principalmente por ser a essa altura do campeonato", comentou.
Conforme a mãe, foram necessárias algumas internações e uso de medicamento. "Eu e meu médico brigávamos o tempo todo. Ele queria me deixar internada e eu, com a minha rotina, não queria. Mas, no final deu tudo certo e agora estou bem tranquila. Quero cuidar do meu bebê e do meu neto, vou fazer questão e estou muito feliz. Tive medo do preconceito, passava tanta coisa na minha cabeça que nem sei dizer", relembrou.
Norma e o marido, o vendedor autônomo Hamilton Batista Ferreira, estão prestes a completar 50 anos. De casados, quase 30. "Nossa rotina já mudou totalmente e o Augusto virou uma atração. Ninguém esperava. Eu tenho uma menina de 25, outro de 25 e o caçula de 15, que agora não é mais caçula porque ganhou um irmão", brincou o pai.
Médico disse que conseguiu controlar a diabetes e pressão alta da mãe
O médico ginecologista Juscelino Teotonio, especialista em gestação de alto risco, conta que o bebê virou a "estrela de Ponta Porã". "Existem relatos no Brasil, de barriga de aluguel, de óvulos de doador e reprodução assistida, para pessoas neste idade. No entanto, foi algo natural e isso é raríssimo. O próximo passo depois é manter essa gestação. Na maioria dos casos, ocorreu o aborto, até 8 semanas", explicou.
Ainda conforme Juscelino, também é alto o índice de cromossomopatia, como a síndrome de down, por exemplo. "Tivemos ainda que controlar os problemas de hipertensão e pressão alta durante o período gestacional, inclusive com altas doses de insulina. Aliado a tudo isso, teve infecção urinária de repetição, que é a reincidência de mais de 3 casos no ciclo, além do fato da mãe não aceitar a gestação, então nós brigávamos o tempo todo. Ela me chamava de louco e eu a chamava de louca", brincou.
De acordo com o profissional, Norma encarava a gravidez como se fosse a gestação da filha dela, que se tornou mãe aos 25 anos. "Ela engordava 4 kg de uma consulta pra outra. Eu conversava com outros colegas e eles falavam que já teriam tirado faz horas. Eu disse pra ela: ou você faz do jeito que eu estou falando ou não vai ter parto, tudo para controlar a pressão e a diabetes dela. Ao final, graças a Deus, deu tudo certo e o bebê nasceu com 38 semanas e 3 dias. Na sequência, foi um sucesso total e, como manda a humanização do parto, ele já fez contato direto com o pai e a mãe", finalizou.
GLORIA A DEUS
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