Sindicato anunciou que a deficiência de profissionais na área alcança os 35,81%, enquanto que a taxa média estadual é de 33,63%.
Um levantamento do Sindicato dos Delegados do Estado de São Paulo (Sindesp) indica que o deficit de policiais civis na região de Presidente Prudente é o maior do Estado. Devido aos índices, uma reunião deve ser realizada nesta sexta-feira (5) para discutir as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais.
De acordo com o sindicato, o deficit de policiais civis na região do Departamento de Polícia Judiciária do Interior – Oito (Deinter-8) alcança 35,81%. A taxa é maior do que a média de todo o Estado, que hoje é de 33,63%.
Ainda segundo o sindicato, a ausência de profissionais obriga os policiais a trabalharem sem qualquer descanso e a principal consequência disso é a limitação que a polícia encontra para atender a população.
Os policiais da região relatam jornadas de trabalho desumanas, acúmulo de funções e plantões de 24 horas durante quase todo o mês, ainda conforme o Sindesp.
Na região de Prudente, o Deinter-8 é composto pelas delegacias seccionais de Prudente, Adamantina, Presidente Venceslau e Dracena, além da região de Assis, que atendem 67 municípios e abrangem quase 2 milhões de habitantes. Veja os números:
- Na região de Presidente Prudente são 287 cargos ocupados, mas os previstos em lei chegam a 407 – um deficit de 120 vagas.
- Na seccional de Adamantina são 119 cargos ocupados, porém, os previstos em lei são de 211 – um deficit de 92 vagas.
- Na área de Venceslau são 150 vagas ocupadas, e as previstas em lei chegam a 213 – um deficit de 63 cargos.
- Na região de Dracena os cargos ocupados são 120, e os previstos em lei 155 – um deficit de 35.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio de nota, diz que a atual gestão investe na valorização e ampliação do efetivo policial e que, atualmente, estão em andamento concursos para a contratação de 2.750 policiais civis, entre delegados, investigadores, escrivães e agentes policiais.
Além deste, outros processos para a contratação de quase 3 mil policiais civis já foram autorizados pelo governo paulista.
A nota ainda reforçou que os dados apontados pelo sindicato estão errados, porque consideram postos de trabalho já extintos e não contabilizam a requalificação de 2 mil profissionais que passaram a agentes policiais.
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