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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Engenheiro da TÜV SÜD se mantém em silêncio na CPI da ALMG que apura tragédia de Brumadinho

Makoto Namba assinou, em conjunto com André Jum Yassuda, em setembro de 2018, laudo que atestava a estabilidade de estrutura da Mina do Córrego do Feijão, que se rompeu.


O engenheiro da TÜV SÜD Makoto Namba preferiu ficar em silêncio na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na manhã desta quinta-feira (2), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. A CPI apura as responsabilidades pelo desastre da Vale, em Brumadinho.
Namba, por orientação do advogado, não respondeu as mais de 50 perguntas que os deputados estaduais o fizeram.
O engenheiro André Jum Yassuda também está na ALMG para ser ouvido.
Makoto Namba foi à CPI da ALMG que apura tragédia em Brumadinho, mas prefiriu ficar em silêncio — Foto: Elton Lopes/TV GloboMakoto Namba foi à CPI da ALMG que apura tragédia em Brumadinho, mas prefiriu ficar em silêncio — Foto: Elton Lopes/TV Globo
Makoto Namba foi à CPI da ALMG que apura tragédia em Brumadinho, mas prefiriu ficar em silêncio — Foto: Elton Lopes/TV Globo
Eles são da empresa alemã contratada pela Vale para fazer auditorias nas áreas de barragens. Os dois assinaram, em setembro do ano passado, um laudo que atestava a estabilidade de estrutura da Mina do Córrego do Feijão, que se rompeu no dia 25 de janeiro.
Em depoimento à polícia, Namba chegou a dizer que se sentiu pressionado pela Vale a assinar o documento, mesmo com os problemas detectados pela auditoria – o que a mineradora nega.
Ainda em janeiro, os dois foram presos no inquérito que apura a tragédia em Brumadinho, mas foram soltos em fevereiro, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
E-mails obtidos pela TV Globo mostravam que Namba e Yassuda mostravam que Namba e Yassuda tinham conhecimento sobre problema em sensores da barragem. Houve troca de mensagens entre funcionários da Vale e da TÜV SÜD até a véspera do desastre.
Os dois já foram chamados para depor também na CPI no Senado, que apura a tragédia. Eles estiveram na comissão em 3 de abril, mas ficaram calados porque conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus garantindo o direito ao silêncio na sessão.

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