Makoto Namba assinou, em conjunto com André Jum Yassuda, em setembro de 2018, laudo que atestava a estabilidade de estrutura da Mina do Córrego do Feijão, que se rompeu.
O engenheiro da TÜV SÜD Makoto Namba preferiu ficar em silêncio na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na manhã desta quinta-feira (2), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. A CPI apura as responsabilidades pelo desastre da Vale, em Brumadinho.
Namba, por orientação do advogado, não respondeu as mais de 50 perguntas que os deputados estaduais o fizeram.
O engenheiro André Jum Yassuda também está na ALMG para ser ouvido.
Makoto Namba foi à CPI da ALMG que apura tragédia em Brumadinho, mas prefiriu ficar em silêncio — Foto: Elton Lopes/TV Globo
Eles são da empresa alemã contratada pela Vale para fazer auditorias nas áreas de barragens. Os dois assinaram, em setembro do ano passado, um laudo que atestava a estabilidade de estrutura da Mina do Córrego do Feijão, que se rompeu no dia 25 de janeiro.
Em depoimento à polícia, Namba chegou a dizer que se sentiu pressionado pela Vale a assinar o documento, mesmo com os problemas detectados pela auditoria – o que a mineradora nega.
Ainda em janeiro, os dois foram presos no inquérito que apura a tragédia em Brumadinho, mas foram soltos em fevereiro, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
E-mails obtidos pela TV Globo mostravam que Namba e Yassuda mostravam que Namba e Yassuda tinham conhecimento sobre problema em sensores da barragem. Houve troca de mensagens entre funcionários da Vale e da TÜV SÜD até a véspera do desastre.
Os dois já foram chamados para depor também na CPI no Senado, que apura a tragédia. Eles estiveram na comissão em 3 de abril, mas ficaram calados porque conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus garantindo o direito ao silêncio na sessão.
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