Acidente aconteceu em janeiro, em uma praia de Ilhabela, quando a jovem tentou pegar uma onda sem prancha.
A jovem que ficou tetraplégica após pegar um ‘jacarezinho’ em uma praia do litoral de São Paulo já está há mais de um mês fazendo tratamento e começou a realizar, nesta semana, pequenos movimentos com o corpo. Ainda que tímidos, os primeiros sinais de resultado da intensa fisioterapia aparecem no dia a dia e enchem a família e a jovem de esperança.
Karina Castellanos, que é moradora de Santos, estava curtindo dias de folga com o namorado, em Ilhabela, no litoral norte, quando levou um tombo brusco ao mergulhar no mar, uma manobra conhecida como ‘jacarezinho’. O acidente ocasionou uma lesão e fez Karina perder os movimentos. Em entrevista ao G1, ela relatou, pela primeira vez, como foi o acidente e que tinha esperança de voltar a andar.
Após o acidente, a jovem começou a fazer fisioterapia em casa todos os dias e recebe acompanhamento no Centro de Reabilitação Lucy Montoro, em Santos. Karina já está em tratamento há mais de um mês e, segundo a mãe dela, Tereza Cristina Neustadter, começa a apresentar pequenas melhoras no dia a dia.
"Ela está fazendo tratamento no Lucy Montoro e respondeu bem aos testes. Em casa, ela já está se erguendo melhor da cama e movimentando um pouquinho as pernas. Ela também já tirou a sonda de urina. Ainda está na cama, mas está avançando. Já consegue, inclusive, se sentar", disse.
Além da fisioterapia, Tereza conta que a família busca métodos alternativos de tratamento para acelerar ainda mais a recuperação de Karina como, por exemplo, o Método Therasuit, um programa de fisioterapia intensiva americano. Neste tratamento, o paciente faz repetições intensas de exercícios com uma roupa especial, que visa o ganho de força, funcionalidade, resistência, coordenação e equilíbrio.
Enquanto ainda verificam a possibilidade de Karina receber métodos alternativos, a mãe diz que, apesar do acidente, a jovem está bem e confiante. Além disso, graças a força de vontade e esperança da filha, o tratamento está apresentando resultados.
"A evolução é lenta, mas quanto mais ela fizer, melhor. O namorado dela vem aqui, leva ela para sair, ver a praia. Ela fica contente, animada. Já consegue tomar banho. Os médicos falavam que ela não ia andar, mas ela está respondendo bem ao tratamento. Estamos com esperança”, finaliza Tereza.
Karina Neustadter Castellanos já começou tratamento para recuperar os movimentos — Foto: Arquivo Pessoal
Lesão
Karina foi diagnosticada com uma fratura na vértebra C6, na região do pescoço, o que a deixou tetraplégica. Em 2 de fevereiro, ela foi submetida a uma nova cirurgia, onde recebeu uma placa de titânio para reverter a lesão. Ela também teve o pulmão e o diafragma atingidos, o que resultou em dificuldade na fala.
Segundo o Centro de Reabilitação Lucy Montoro Santos, em 2018, 50% dos pacientes vítimas de acidentes causados por quedas em piscina, cachoeira e água rasa sofreram lesão medular com o comprometimento do movimento de todos os membros. Lesões como a da Karina podem ser completas ou parciais, o que vai definir a possível recuperação dos movimentos.
Após ser internada, Karina chegou a ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, sedada e entubada. Hoje, toda a família se mobiliza para a recuperação, incluindo a mãe, que mudou-se para Santos para cuidar da filha.
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