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quinta-feira, 14 de março de 2019

Quatro dos 12 PMs acusados pelo desaparecimento de Amarildo são absolvidos pela Justiça

Quatro dos 12 PMs que estavam presos pelo desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, na Rocinha, em 2013, foram absolvidos em segunda instância nesta quarta-feira. Desembargadores da 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça determinaram a soltura imediata dos ex-PMs Jairo da Conceição Ribas e Fábio Brasil da Rocha da Graça, ambos condenados em primeira instância a dez anos e quatro meses, e as policiais Rachel de Souza Peixoto e Thaís Rodrigues Gusmão, que iriam cumprir penas de nove anos e quatro meses. Jairo e Fábio foram expulsos da PM após o crime.
Na decisão, os magistrados reduziram a pena do tenente Luiz Felipe Medeiros, subcomandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, então subcomandante da UPP da Rocinha à época do crime. Ele foi absolvido do crime de fraude processual, mas segue preso.
Foram negados os recursos dos demais réus: major Edson Raimundo dos Santos Santos, condenado a 13 anos de prisão; dos ex-soldados Felipe Maia Queiroz, Wellington Tavares da Silva, Anderson César Soares Maia, Jorge Luiz Gonçalves Coelho e Marlon Campos Reis, todos condenados a dez anos e quatro meses; e do também ex-soldado Douglas Roberto Vital Machado punido com mais de 11 anos de prisão.
Amarildo desapareceu no dia 14 de julho de 2013, na Rocinha. A investigação da Polícia Civil e do Ministério Público conseguiu comprovar que o ajudante de pedreiro foi levado para a base da UPP por PMs a mando do comandante da UPP. Eles acreditavam que Amarildo sabia onde traficantes da comunidade escondiam armas e drogas. A Justiça concluiu que Amarildo foi torturado até a morte. O corpo do ajudante de pedreiro até hoje não foi encontrado.

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