Corporação abriu inquérito para investigar possível crime e pede que vítimas compareçam a delegacias para registrar boletins de ocorrência.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar os casos de picadas de agulha relatados por pelo menos 25 pessoas durante o período de carnaval no Grande Recife. A corporação informou que vai enviar um ofício ao Hospital Correia Picanço para identificar as declarações das vítimas que foram buscar atendimento médico na unidade de saúde, para apurar os fatos. (Veja vídeo acima)
O resultado dos exames feitos nas vítimas não foi divulgado. Chefe da Polícia Civil, o delegado Joselito Kehrle apontou, nesta quinta-feira (7), que uma delegacia móvel vai funcionar no hospital a partir desta tarde para facilitar as denúncias das vítimas.
"Revisamos as ocorrências nos plantões e não encontramos registros de boletim de ocorrência sobre o fato, mas abrimos o inquérito policial ainda assim", afirmou, pedindo que a população auxilie nas investigações e que, caso alguma vítima tenha visto o agressor, auxilie na elaboração do retrato falado.
No hospital, localizado na Zona Norte do Recife, 25 casos foram notificados entre o sábado (2) e a manhã da quarta (6). Nas 24 horas seguintes, foram mais de 75 atendimentos com relatos do tipo, segundo a unidade de saúde.
Nesta quinta (7), outras pessoas procuraram a unidade de saúde com relatos semelhantes aos anteriores. "Eu estava voltando para casa na terça (5), por volta das 3h30, quando senti uma picada. Em seguida, o meu braço ficou dormente. Procurei o hospital depois que vi as reportagens sobre o assunto", conta a secretária Rita de Cássia Correia, de 42 anos.
Hospital Correia Picanço fica na Zona Oeste do Recife e recebeu pacientes que relataram ter sentido picadas de agulha no carnaval — Foto: Reprodução/TV Globo
A investigação busca apurar o crime de “exposição ao risco à vida de outrem por transmissão de moléstia grave”, apontou a Polícia Civil. A pena para esse delito é de quatro anos em regime fechado e a corporação não descarta o cometimento de outros crimes mais graves.
A Polícia Civil pede que as vítimas que procuraram a unidade de saúde também registem boletins de ocorrência. Cada caso vai motivar a abertura de inquéritos distintos.
Entenda o caso
Na terça-feira (5), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) havia contabilizado pelo menos dez pessoas que procuraram o Hospital Correia Picanço após sentirem picadas de agulha durante o carnaval. Na quarta (6), o número subiu para 25.
Todos os pacientes foram liberados, segundo a SES. Antes, no entanto, tomaram medicamentos que são ministrados para prevenção ao vírus HIV. Eles também receberam a orientação para voltar à unidade de saúde em 30 dias, prazo necessário para a conclusão desse tratamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!