Sergio Moro e Eduardo Bolsonaro participam da reunião fora da agenda oficial; segundo Planalto, visita está ligada ao combate ao narcotráfico e ao crime organizado
WASHINGTON — O presidente r Jair Bolsonaro tem reunião na manhã desta segunda-feira na CIA, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos . O encontro não foi divulgado na agenda oficial do seu segundo dia de visita a Washington.
Questionado diversas vezes, o Planalto havia afirmado que o presidente teria uma agenda privada. Participam da comitiva o ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. O encontro também não constava na agenda oficial de Moro.
A informação foi publicada no Twitter pelo deputado Eduardo Bolsonaro, que escreveu: "Será uma excelente oportunidade de conversar sobre temas internacionais da região com técnicos e peritos do mais alto gabarito”.
Segundo informou o Planalto posteriormente, "a visita está ligada à importância que o presidente confere ao combate ao crime organizado e ao narcotráfico, bem como à necessidade de fortalecer ações da área de inteligência que abrangem o Ministério da Justiça Segurança Publica, Gabinete de Segurança Institucional, entre outros órgãos".
Na noite de domingo, Bolsonaro e sua comitiva participaram de um jantar na residência do embaixador brasileiro em Washington, Sergio Amaral. Estavam também presentes o escritor Olavo de Carvalho e pensadores da direita americana, como Steve Bannon, o ex-estrategista de Donald Trump; o acadêmico Walter Russell Mead; a colunista do Wall Street Journal Mary Anastasia O’Grady; e o editor da revista literária The New Criterion, Roger Kimball.
A agenda oficial de Bolsonaro prevê uma visita à Casa Branca na terça-feira. No jantar, o presidente disse aos presentes que o sentido de seu governo não é construir coisas para o povo brasileiro, mas desconstruir , eque "o antigo comunismo não pode mais imperar" .
A CIA é responsável por coletar e analisar informações consideradas vitais para a política dos Estados Unidos, sobretudo em termos de segurança nacional, relacionadas a pessoas ou países estrangeiros. Ao contrário do FBI, que também integra a Comunidade de Inteligência americana, não tem função de aplicação da lei — ou seja, não conduz operações de prisão nem reúne informações sobre cidadãos americanos, estrangeiros residentes nos EUA, imigrantes em situação regular e empresas americanas.
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