Espaço onde ficam os barracões das escolas teve projeto contra incêndio e pânico indeferido, enquanto o Sambódromo só pode receber eventos com autorização específica. Riotur garante que desfiles serão liberados
RIO — Se a segurança contra incêndio e pânico fosse um quesito para os julgadores do carnaval, a Sapucaí e a Cidade do Samba não receberiam boas notas. O palco do maior espetáculo da Terra é hoje um espaço embargado para a realização de eventos. O projeto de regularização da Avenida, inaugurada em 1984, ainda está em tramitação. Segundo o Corpo de Bombeiros, são necessárias adequações à legislação vigente. Na Cidade do Samba, na Gamboa, a situação é ainda pior: o projeto contra incêndio e pânico foi indeferido por falta de atendimento às exigências dos bombeiros. A Riotur, contudo, garante que os desfiles vão ser autorizados pela corporação, que fica de plantão na Sapucaí durante todo o evento.
Segunda-feira, uma equipe do GLOBO esteve no Setor 11 do Sambódromo, onde acontecia o ensaio técnico da bateria da Estácio de Sá, e notou a ausência de brigadistas, sinalização de rotas de fuga e mangueiras de incêndio. Havia ainda um bueiro com fiação elétrica a céu aberto. Terça-feira, na Cidade do Samba, um caminhão-pipa estava estacionado no pátio para ser usado em caso de emergência. No local, já aconteceram dois grandes incêndios. Em agosto do ano passado, a prefeitura recebeu uma notificação dos bombeiros alertando para que eventos não fossem realizados na Sapucaí por falta de adequação às normas. As exigências, segundo a Riotur, ainda não foram especificadas. Mesmo assim, o órgão da prefeitura estima em R$ 35 milhões os gastos com obras para que o local consiga se regularizar junto ao Corpo de Bombeiros. Desde a notificação, a Riotur suspendeu festas e shows no local. Agora, qualquer evento só pode acontecer mediante uma autorização específica da corporação. Em novembro e dezembro do ano passado, pelo menos três produções foram realizadas no Sambódromo.
A Riotur minimizou o problema e informou que os desfiles das escolas de samba não serão afetados “porque o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar montam uma espécie de quartel-general para garantir toda a estrutura necessária ao evento”. O órgão também afirmou que já abriu um procedimento para a regularização definitiva da Sapucaí.
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