Defesa da ex-vereadora alega que não havia motivos para que ela permanecesse presa. Entre os crimes investigados, estão peculato e lavagem de dinheiro.
A ex-presidente da Câmara Municipal de Taciba e ex-vereadora pelo PT Ivone Eduardo de Souza foi liberada da prisão nesta segunda-feira (11). Ela estava presa desde novembro do ano passado, quando foi deflagrada a 4ª fase da Operação Formigueiro, que investiga o desvio de dinheiro do Legislativo tacibense.
Além de Ivone, na época, mais dois suspeitos de envolvimento nos desvios foram presos: Odair Aparecido Ferreira, que ocupava o cargo de diretor de Secretaria da Câmara, que permanece na prisão, e Norival dos Santos, que ficou preso temporariamente por cinco dias.
As investigações envolvem a Polícia Civil, o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado e Secretaria da Fazenda.
As autoridades informaram que os desvios ultrapassavam os R$ 400 mil e que havia claros indícios de crimes sendo cometidos desde 2015.
Sidney Duran Gonçalez, advogado que atua na defesa da ex-presidente da Câmara, disse ao G1 que o pedido de revogação da prisão preventiva dela foi protocolado no dia 1º de fevereiro e concedido nesta segunda (11).
“Não havia elementos suficientes para a decretação da prisão dela. As justificativas não se mostraram verdadeiras. Houve uma suspeita de ameaça a testemunha que não se comprovou”, afirmou o advogado.
Ele acrescentou ainda ao G1 que Ivone é inocente das acusações.
“Não há provas de que ela tenha cometido qualquer tipo de crime. A acusação precisa demonstrar que ela é culpada, mas não há provas”, disse.
A defesa da ex-presidente da Câmara havia ingressado com um habeas corpus na 14ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, mas o caso ainda não tinha sido julgado.
O delegado da Polícia Civil responsável pelas investigações, Claudinei Alves, informou ao G1 que a apuração das autoridades levou a um processo na Justiça, que tramita na Comarca de Regente Feijó, e a outros quatro inquéritos, que seguem em andamento.
Entre os crimes investigados, estão peculato, lavagem de dinheiro, associação criminosa e fraude a licitação.
Em agosto do ano passado, uma operação conjunta apreendeu computadores e documentos na Câmara Municipal de Taciba. A suspeita era de desvio de dinheiro público através de várias irregularidades.
Em novembro, três pessoas foram presas na 4ª fase da operação.
Em uma das buscas efetuadas pelas autoridades, foram encontrados R$ 60 mil em dinheiro dentro do veículo de um dos envolvidos no caso.
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